Foi lançada no Rio de Janeiro uma campanha para alertar as mulheres sobre a endometriose; só 15% das pessoas sabem que têm a doença
Agência Brasil
Uma campanha de conscientização sobre os riscos da endometriose foi lançada neste sábado, 30, no Rio de Janeiro. A doença é uma inflamação que ocorre no sistema reprodutor feminino e atinge entre 15% a 20% das mulheres em todo o mundo, segundo a organização não governamental Instituto Crispi de Cirurgias Minimamente Invasivas, que coordena a campanha nacional.
De acordo com o presidente do Instituto, Cláudio Crispi, ginecologista especialista em endometriose, é importante diagnosticar a doença logo no início. “Nós temos uma defasagem entre o início dos sintomas dessa doença e o diagnóstico, no nosso país, de dez anos. E a endometriose é uma doença progressiva, que piora todo mês em que a mulher menstrua.”
Segundo o médico, há um desconhecimento grande da doença, por parte tanto dos leigos quanto dos profissionais de saúde. Por isso, a ideia da campanha. “Hoje só 15% das pessoas com endometriose sabem que têm a doença.”
A endometriose ocorre quando, após a menstruação, o endométrio – tecido que reveste o útero – se desloca para outros órgãos, como os ovários, as trompas, a bexiga e o reto. A doença causa cólicas mais fortes, dor profunda na relação sexual e dor para evacuar ou urinar. Dependendo da evolução da doença, pode até provocar infertilidade.