Em Defesa da Vida

Campanha da Fraternidade é lançada em Brasília

Com o objetivo de defender e promover a vida humana, desde a sua concepção até a sua morte natural, foi lançada hoje, 6, na sede da CNBB, em Brasília, a Campanha da Fraternidade 2008, que apresenta o tema Fraternidade e Defesa da Vida e lema Escolhe, pois a vida.

Participaram do ato de lançamento o secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa; o membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, dom Augusto Dias Duarte; o membro da Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, dom Guilherme Antonio; o secretário-executivo da CF, padre José Adalberto Vanzella; os integrantes da redação do texto-base, Elisabeth Serqueira e Francisco Borba; a fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns e o coordenador da Pastoral da Saúde, André Luiz.

Também estiveram presentes no evento o secretário de gabinete do presidente da República, Gilberto Carvalho e vários representantes de organismos ligados à CNBB e movimentos sociais.

Durante o lançamento, dom Dimas leu a mensagem do papa Bento XVI dirigida ao presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, sobre o lançamento da CF. Na mensagem o papa ressalta que “todas as ameaças à vida devem ser combatidas” e renova a esperança de “que as diversas instâncias da sociedade civil queiram solidarizar-se com a vontade popular que, na sua maioria, rejeita todas as formas contrárias às exigências éticas de justiça e de respeito pela vida humana desde o seu início até o seu fim natural”.

Além da mensagem do papa, foram apresentados ainda a fundamentação e o objetivo da Campanha deste ano que, segundo o professor do Centro de Fé e Cultura da PUC-SP, Francisco Borba, está em consonância com o Documento de Aparecida, sobretudo em três aspectos: no encontro com Cristo; na superação do moralismo e na necessidade do compromisso social.

Já dom Antônio Augusto, que é médico, falou sobre a diluição do valor da pessoa humana. Para o bispo, a sociedade atual vive um paradoxo. “Ao mesmo tempo em que nos preocupamos com aquilo que polui, fechamos os olhos para uma estratégia que está sendo muito bem articulada e aplicada, que é a diluição do valor do homem”, afirmou.

“Prezamos a vida não porque ela é uma entidade biológica, que cresce, desenvolve, mas porque a pessoa humana, portadora desse dom, é importante, independente de suas circunstâncias”, acrescentou.

O bispo de Ipameri (GO), dom Guilherme, lembrou que a Campanha não considera como ameaça à vida somente o aborto e eutanásia, mas “toda a situação que ofende a dignidade da vida humana, num olhar integral sobre a pessoa humana” e citou como exemplos os programas de energia, “que deterioram os rios e as terras, em detrimento da segurança alimentar e nutricional”.

“Defender a vida humana significa defender a reforma agrária e os direitos dos pobres da terra. A luta pela biodiversidade, pela ecologia, é uma bandeira que deve ser levada adiante. Proclamar o valor da vida deve ser compromisso de todos os cristãos”, afirmou dom Guilherme.

A médica, que participou da redação do texto-base da CF 2008, Elisabeth Serqueira, disse que a proposta da Campanha direciona-se principalmente para as crianças, as mulheres, os idosos e os pobres, que segundo afirmou “são as grandes vítimas desta cultura de morte”.

Já Zilda Arns afirmou que a legalização do aborto não diminui a mortalidade materna, mas sim o bom serviço de pré-natal e as condições de vida das pessoas. Para a fundadora da Pastoral da Criança “é possível trabalhar a favor da vida em abundância e ao mesmo tempo salvar vidas para elas não serem abortadas”.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo