O Brasil registrou uma redução no número de queimadas em relação ao ano passado. Próximo do início do período mais crítico da seca, 38 mil focos foram identificados. Uma queda superior a 50% em comparação com 2024.
Reportagem de Francisco Coelho e Ersomar Ribeiro
De janeiro a agosto deste ano, houve redução de 55% na área devastada pelo fogo em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o Brasil registrou queimadas em áreas correspondentes a mais de 30 milhões de campos de futebol.
Um dos incêndios florestais de maior impacto foi o do Parque Nacional de Brasília. O fogo devastou metade da vegetação. A região do cerrado passou a ser a mais impactada pelas queimadas em 2025. Foram mais de 18.000 focos desde o início do ano. Apesar dos números, houve redução de 34% em relação ao ano passado. O segundo bioma mais afetado pelo fogo é o amazônico com quase 10.000 focos e uma redução superior a 70%.
Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE, são acompanhados de perto pela central de monitoramento do Prevfogo em Brasília, que reforçou as equipes de combate e prevenção de incêndios florestais.
“Nós do Prevfogo ampliamos, o nosso efetivo de brigadistas. Ano passado a gente tinha 95 brigadas e 2227 brigadistas. Esse ano a gente foi para 116 brigadas e 2600 brigadistas, principalmente na Amazônia”, apontou o coordenador do Prevfogo/Ibama, Lawrence Nóbrega de Oliveira.
O fator climático contribuiu para a redução dos focos de incêndios. Neste ano, a incidência menor do fenômeno El Nino reduziu as ondas de calor em diversas regiões do país.
“A situação climática deste ano, ela tá muito favorável. Lembrando que nem todo o foco de calor é um incêndio florestal. Isso é importante a gente destacar. O uso do fogo é autorizado, principalmente pelos estados. Então, em muitos estados brasileiros, como Tocantins, Mato Grosso, são feitas autorizações de queima controlada”, concluiu Lawrence.
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