O Brasil precisa resgatar seu protagonismo no futebol mundial, segundo o técnico da seleção brasileira, Mano Menezes.
Depois de fracassar nas Copas do Mundo de 2006, na Alemanha, onde era apontado como grande favorito, e de 2010, quando caiu novamente nas quartas de final, o futebol brasileiro teve seu prestígio arranhado.
"Temos certeza que esse protagonismo vai voltar e trabalhamos nessa direção. Temos que assumir esse papel no futebol mundial", declarou o treinador na terça-feira, 3, após participar da cerimônia de apresentação de mais um patrocinador da seleção brasileira.
O insucesso de alguns jogadores na Europa, como os casos de Adriano, por questões disciplinares; Ronaldinho Gaúcho, em razão da queda de produção, e Kaká, devido a sucessivas contusões, ajudou a desgastar a imagem do país.
Segundo o técnico da seleção brasileira, é hora de o Brasil buscar a posição de excelência e referência, que é uma marca do futebol pentacampeão mundial.
"Precisamos valorizar os que estão jogando e confirmando a sua posição de destaque. Falei em ausência de protagonismo, mas a gente já começa a ver isso novamente na Itália, Espanha e Inglaterra", declarou Mano ao ser questionado sobre o futuro de jogadores como Adriano, Kaká e Ronaldinho Gaúcho na seleção brasileira.
Espanha como referência
Para Mano Menezes, a Espanha se tornou uma referência para outras seleções, e o estilo a ser acompanhado.
"A referência que segue sempre é a do ganhador, que hoje é a da Espanha. O Brasil já foi referência e procuramos esse papel de referência novamente", disse o treinador.
Desde o fracasso na Copa da África do Sul, a seleção brasileira teve mudança no comando e visa mais o ataque, muitas vezes resgatando o esquema 4-3-3.
Mano Menezes passou a olhar mais para os jogadores que atuam no Brasil e, pensando na Olimpíada de 2012 e na Copa de 2014, tem dado chance na equipe principal para jovens valores como Paulo Henrique Ganso, Lucas e Neymar.
O atacante do Santos foi descartado pelo treinador no Mundial sub-20, que vai ocorrer a partir do fim do mês de julho na Colômbia.
O objetivo é não sacrificar o Santos, uma vez que Neymar deverá ser chamado para a disputa da Copa América, na Argentina, em julho.
"A prioridade é a seleção principal. Essa possibilidade de usá-lo na principal e não levar para o Mundial sub-20 existe, porque seria um período muito grande longe do Santos e tem que haver sensibilidade", disse o treinador.
"Não quero colocar pressão, mas mesmo assim (sem poder levar todos os jogadores que gostaria), não vamos abrir mão de vencer o Mundial", destacou Mano Menezes, ao lado do coordenador das categorias de base, Ney Franco.