Voluntários doam seu tempo para ajudar no resgate e auxílio das vítimas em Brumadinho
Kelen Galvan
Da redação, com informações de Rogéria Nair
A tragédia ocorrida em Brumadinho (MG) mobilizou centenas de voluntários para ajudar as vítimas e nas buscas por sobreviventes. Entre os voluntários estão os membros da Associação de Bombeiros Voluntários e Equipes de Resgate Voluntário do Estado de Minas Gerais (Volunterminas).
O presidente da associação, Fabrício de Oliveira, conta que os membros têm outra profissão, mas doam seu tempo de folga para atender as cidades mineiras, onde não há unidades do Corpo de Bombeiros, nem o Samu. Do total de 853 municípios mineiros, 781 não têm unidades do Corpo de Bombeiros presentes.
“Por falta dessa deficiência do serviço e por mobilização humana que a gente entende que é uma missão que Deus deixou para cada um de nós: cuidar do próximo, amar o próximo, fazendo por ele. Nós fazemos este trabalho de doação voluntariamente na área de resgate, no atendimento de emergências, combate à incêndio. Essa é a nossa missão. É um ato de doação. Ninguém recebe por ele, mas o intuito é atender com qualidade, eficiência, naquilo que as pessoas precisam naquele momento”, explicou Fabrício.
Com o trabalho em Brumadinho, ele destaca que a experiência maior que estão adquirindo é que precisam estar mais preparados para as situações que podem acontecer a sua volta.
“Situações como essa nos entristecem muito porque não conseguimos ainda mensurar o número de vítimas que realmente já se foram, e nem o número expressivo de possibilidade de sobreviventes. Uma situação que nos leva a pensar, será que realmente estamos prontos para o que pode acontecer à nossa volta? Será que o estado de Minas Gerais está realmente ciente dos riscos existentes, não só das barragens, mas de outras situações que estão à nossa volta? Então isso traz para nós uma forma de reflexão: O que podemos fazer para que isso melhore? E não sejamos surpreendidos com emergências como essa que acontece em Brumadinho, a pouco tempo do que aconteceu em Mariana”, destaca o voluntário.
O bombeiro voluntário faz um apelo a todos para que sejam mais humanos, nas atitudes, em fazer em prol do próximo e do meio em que vivemos. “Porque se cada um de nós não fizer a sua parte, achar que a responsabilidade é do estado, das forças especiais, do governo, não vamos ter um país ou uma cidade melhor, um lugar mais seguro para viver. Nós que construímos essa segurança”.