Os bispos reunidos no Rio de Janeiro para o Curso Anual de Bispos do Brasil visitaram nesta quarta-feira, 6, as futuras relíquias da Serva de Deus Odette Vidal de Oliveira, Odetinha, na Basílica da Imaculada Conceição, em Botafogo.
Na Basílica, os bispos foram recebidos pelo Pároco, Cônego Marcos William Bernardo, e pelo Delegado Episcopal para a Causa dos Santos da arquidiocese do Rio, Dom Roberto Lopes, que contou um pouco do processo de beatificação e da vida da Serva de Deus, Odette Vidal de Oliveira (Odetinha), cujas futuras relíquias (assim chamadas se ela for beatificada), se encontram depositadas na basílica.
“Essa jovem menina que viveu na década de 30 deixou um grande exemplo para todos nós da Igreja no Brasil: seu testemunho de amor pela Eucaristia. Estamos trabalhando e pesquisando suas virtudes e ouvindo as pessoas você percebe que ela se encaixa dentro das 11 virtudes que são necessárias para a beatificação. Creio que para a nova evangelização e para a nossa catequese no Brasil seja um momento de grande graça poder contar com o exemplo dessa menina, que desde muito cedo soube ser uma grande catequista”, disse Dom Roberto.
O Cardeal Arcebispo Emérito de São Salvador, Dom Geraldo Majella Agnelo, presidiu as Vésperas e, logo após a celebração, os bispos puderam conhecer a urna e o espaço onde estão as relíquias de Odetinha.
“É uma satisfação muito grande poder estar diante do túmulo da Odetinha que é um símbolo e eu me lembro do movimento que sempre tinha no túmulo dela quando fui bispo auxiliar e morei aqui no Rio de Janeiro. Há santidade e isso o povo reconhece, e é a santidade que interessa. Assim como a Odetinha viveu a santidade, que também nós vivamos esta mesma santidade, pois penso que isso seja o mais importante para aprendermos”, destacou o arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck.
Além da visita à Basílica, os bispos realizaram um passeio pela cidade do Rio de Janeiro e visitaram a exposição “A Sagrada Família”, no Centro Cultural dos Correios, o Monumento Nacional aos Mortos da II Guerra Mundial – também conhecido como Monumento aos Pracinhas –, e o Comitê Organizador Local da Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013)
Reunindo cerca de 100 obras de importantes colecionadores das expressões artísticas Barroca e Popular Brasileira, a exposição “A Sagrada Família” pôde ser apreciada pelos bispos, que tiveram a possibilidade de conhecer uma das mais importantes matrizes das artes visuais brasileiras. De acordo com o Coordenador Geral e Curador da exposição, Romaric Sulger Büel, a vida de Cristo e sua família foram, e ainda são, fontes de criação.
“É uma honra receber os bispos do Brasil aqui na exposição e o mais interessante é que eles vejam o quanto ela tem uma visitação forte e que ainda existe um interesse, graças a Deus, da população brasileira não só por obras religiosas, mas que também pertencem ao patrimônio”.
No Monumento Nacional aos Mortos da II Guerra Mundial ou Monumento aos Pracinhas, os bispos foram recebidos pelo Tenente Coronel Rego Barros, e pelo Chefe do Centro de Estudos, Alexandre Waack, que apresentou a estrutura do monumento dividido em três planos: a plataforma, o museu e o mausoléu, onde estão sepultados os restos mortais de 467 pracinhas brasileiros que morreram durante a guerra, inclusive, Frei Orlando – um dos patronos do exército –, que foi vítima de um tiro quando se dirigia de Docce para Bombiana, a fim de levar sua assistência espiritual aos homens durante a guerra.
A convite do arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, os bispos visitaram ainda o Comitê Organizador Local da Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013), na Glória, onde puderam conhecer todos os setores que preparam a grande peregrinação de jovens do mundo inteiro junto ao Santo Padre, o Papa Bento XVI.
O Curso Anual dos Bispos do Brasil é promovido com a finalidade de proporcionar um momento de formação, partilha e convivência entre o episcopado brasileiro.
