Conferência dos bispos

Bispos falam de projetos sociais e de evangelização

Nesta quarta-feira, 2, Dom Roque Paloschi, Bispo de Roraima (RR), Dom Pedro Luis Stringhini, Bispo auxiliar de São Paulo e Dom Angélico Sândalo Bernardino, Bispo de Blumenau (SC), cederam entrevista coletiva à imprensa a fim de destacar o que marcou o primeiro dia da 46ª Assembléia Geral da CNBB.

Dom Orani João Tempesta fez a abertura da coletiva contando um pouco sobre as atividades deste dia. Em seguida passou a palavra para que os bispos integrantes da mesa falassem sobre as expectativas desta conferência.

Dom Angélico falou da importância desta Assembléia e adiantou que a partir dela será feita a elaboração das novas diretrizes para a ação evangelizadora no Brasil, sob a luz da Conferência de Aparecida: “Este documento é, antes de tudo, uma renovação e com estas diretrizes queremos passar de uma Igreja de conservação para uma Igreja eminentemente missionária”, apontou.

O Bispo de Blumenau destacou, ainda, que “não podemos ficar tranqüilos quando vemos que o povo de Deus está carente, porque há tanta violência, fome, falta de saúde, pessoas sem habitação, sem terra e sem amor. Precisamos levar uma mensagem de vida. O Senhor quer que o povo tenha vida e vida em abundância”.

Dom Pedro ressaltou que a Igreja está inserida no contexto social do País e que nesta Assembléia, serão abordados temas como Igreja na Amazônia, Aquecimento Global e Educação. Ele falou que está sendo feita uma parceria entre o Ministério da Educação e as Igrejas do Conic para lançar uma cartilha sobre a evasão escolar. A tiragem será de 70 milhões de exemplares que serão distribuídos nas comunidades objetivando motivar a participação dos pais, para uma educação mais qualificada.

O Bispo auxiliar de São Paulo também recordou dos dois bispos que faleceram desde a última Assembléia: Dom Cândido Padin e Dom Aloísio Lorscheider, que será homenageado nestes dias.

Entre os temas abordados, Dom Angélico falou sobre o problema da corrupção no País, dizendo que não se assusta com toda essa problemática, lembrando que até entre os apóstolos de Jesus havia um corrupto que vendeu-o por dinheiro. E destacou que Jesus sempre alertou e continua alertando para que não haja coexistência entre o Reino de Deus e o dinheiro. Dom Angélico apontou que isto é o que vemos no mundo: “a fragilidade humana dobrando os joelhos ao ‘ter’, ao ídolo ‘dinheiro'”.

Destacou também, corrupção existe no legislativo, no judiciário e no executivo, e alertou que é preciso que haja um constante saneamento. “Precisamos alargar o coração, toda denúncia de corrupção venha de onde vier deve ser atentamente apurada”, disse.

E concluiu dizendo que fica preocupado quando “o legislativo gasta tanto tempo em discussões que não levam a nada e terminam em solenes “pizzas”, enquanto projetos urgentes para que o povo tenha vida em abundância vivem engavetados: “Eu acho que isto também é corrupção”.

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