Dom Dimas Lara

Bispo reforça que Reforma da Previdência deve priorizar os mais vulneráveis

Arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas Lara, fala sobre Reforma da Previdência e explica a posição da CNBB quanto ao assunto

Monique Coutinho
Enviada especial a Aparecida (SP)

Começou nesta quarta-feira, 26, a 55ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, em Aparecida (SP). Segundo o Arcebispo de Campo Grande (MS), Dom Dimas Lara Barbosa, assuntos políticos também estarão em pauta do evento, que, como acontece em todas as Assembleias, os bispos fazem uma análise da atual situação sócio-econômica do país.

“Todos as nossas Assembleias e reuniões fazemos a análise política do país. Isso não vai ser diferente agora, ou seja, haverá uma análise sócio-política e econômica e, a partir daí, encaminhamentos conclusivos que a assembleia julgar necessário.”

Referente a posição da CNBB sobre a PEC 287/16 que visa a Reforma da Previdência, Dom Dimas enfatizou a posição da instituição quanto à Proposta de Emenda:

“Houve uma manifestação do conselho permanente a um mês atrás sobre a Reforma da Previdência. Já foi colocado que mesmo reconhecendo uma necessidade da reforma, é preciso que essa ela não deixe de considerar os mais vulneráveis. Tratando também de maneiras diferentes os que são diferentes: homens, mulheres, populações tradicionais, indígenas, população rural e urbana, sobretudo as pessoas que são mais vulneráveis e necessitadas”.

O Arcebispo afirma que é cedo para dizer se a Reforma afetará positiva ou negativamente a população, mas que espera por conclusões positivas da parte do governo. “Esperamos que o Congresso faça o papel de fiscalizar o governo, de forma que, o que vier a ser proposto, leve em consideração o maior número de pessoas possíveis e, sobretudo, aqueles que mais precisam”.

Em uma nota conjunta publicada no último dia 19, a CNBB, junto à OAB e o COFECON, reforçou seu posicionamento quanto à Proposta da Reforma. O documento reitera que nenhuma reforma que afete direitos básicos da população pode ser formulada sem a devida discussão com o conjunto da sociedade e suas organizações.

Assinaram a nota, o secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner; o presidente da OAB, Cláudio Lamachia; e o presidente do Cofecon, Júlio Miragaya. Leia a íntegra do texto.

A 55ª Assembleia Geral dos Bispos segue até o dia 6 de maio, no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho, em Aparecida.

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