CNBB

Bispo avalia trajetória das Assembleias da CNBB

Dom Pedro Stringhini recorda principais temáticas abordadas pela Assembleia da CNBB, que, em 2014, está em sua 52ª edição

Dom Pedro Luiz Stringhini
Bispo de Mogi das Cruzes (SP)

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Dom Pedro Luiz Stringhini / Foto: Arquivo

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, foi fundada, em 1952, por inspiração de Dom Hélder Câmara, então bispo auxiliar no Rio de Janeiro, onde se instalou a sede, transferida, mais tarde, para Brasília. A primeira Assembleia Geral da entidade foi realizada, em 1953, em Belém do Pará. Após alguns anos, passou a ser anual e realizada no Distrito de Itaici, Indaiatuba, na aprazível casa de retiro dos jesuítas. Desde 2011, acontece na cidade de Aparecida (SP).

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Em sua história, a CNBB participou ativa e decididamente dos rumos da nação brasileira. Durante a ditadura militar (1964-1984), com marcante liderança de dirigentes como Dom Aloísio Lorscheider, Dom Ivo Lorscheiter e Dom Luciano Mendes de Almeida, a CNBB se apresentou, na sociedade brasileira, como voz catalizadora dos esforços de retorno à democracia, na defesa dos direitos humanos e das liberdades políticas.

Desde a primeira assembleia, a conferência tratou da questão fundiária do Brasil, com destaque para a reforma agrária. Permeando pronunciamentos e atuação da conferência, o problema da terra mereceu importante documento, em 1980 e, na 52ª Assembleia Geral anual de 2014, volta à tona, a partir do documento, ainda a ser aprovado, a Igreja e a questão agrária brasileira no início do século XXI.

A CNBB produziu, até agora, noventa e nove documentos oficiais. O último, recém-publicado, é o Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil. Produziu mais de cem documentos de estudo, cinquenta edições anuais da campanha da fraternidade e uma infinidade de notas e mensagens. A cada quadriênio, publica as diretrizes para a ação evangelizadora da Igreja no Brasil.

As conferências episcopais são canal de integração, unidade, colegialidade e comunhão entre os bispos e destes com o Sumo Pontífice e o Magistério Universal da Igreja, de onde emanam as orientações para as dioceses. O episcopado brasileiro tornou-se numeroso; são cerca de trezentos bispos, arcebispos e cardeais, na ativa, e outros cento e cinquenta bispos eméritos, com mais de 75 anos. O núncio apostólico, representante diplomático do Papa no país, também participa da assembleia.

Tendo como horizonte a justiça social, a defesa dos pobres, a solidariedade para com a causa dos povos indígenas e dos excluídos do campo e das periferias urbanas, a conferência e suas assembleias tratam também de temas ligados à defesa da vida e da família, questões de bioética e a preservação do meio ambiente.

Iniciativas populares contra a corrupção e por eleições limpas se somam, atualmente, a uma campanha pela paz e superação da violência, que incide de forma alarmante na sociedade brasileira. Vislumbra-se assim a necessidade de novo paradigma civilizatório em relação ao planeta terra e ao ser humano.

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