Bento XVI manifestou-se hoje "muito triste" pela morte do Irmão Roger, fundador da comunidade de Taizé, assassinado na tarde de terça-feira nessa localidade francesa.
"Recebi uma notícia muito triste, terrível, que durantes as Vésperas de ontem à tarde, o caro Irmão Roger, fundador da comunidade de Taizé, foi agredido com várias facadas, provavelmente por uma desequilibrada, e morreu", disse o Papa numa intervenção improvisada no decorrer da audiência geral desta manhã, em Castel Gandolfo.
Bento XVI assegurou que esta notícia o tocou ainda mais porque mesmo ontem "tinha recebido uma carta comovente (do Ir. Roger), na qual ele me dizia que estava, de todo o coração, com o Papa e com todos os que estão em Colónia", dado que a sua saúde não lhe permitira estar presente na JMJ, mas estaria presente "espiritualmente". O Papa acrescentou que o monge lhe assegurara estar pensando numa visita "o mais brevemente possível" ao Vaticano, para se encontrar com ele e dizer-lhe que "toda a Comunidade de Taizé tinha a intenção de caminhar com o Papa". "Neste momento de tristeza, podemos apenas confiar à bondade do Senhor a alma do seu fiel servidor que chegou à alegria eterna", concluiu.
Assassinato do Irmão Roger em Taizé
O irmão Roger, fundador da comunidade ecumênica de Taizé, foi assassinado nesta terça-feira, no decorrer de uma oração na localidade francesa. Uma jovem agrediu o monge, de 90 anos, com uma arma branca no pescoço e, apesar do pronto socorro, não resistiu.
O momento foi presenciado por cerca de 2500 peregrinos que, por estes dias, se encontram na comunidade, incluindo vários portugueses.
Durante a oração da tarde, na Igreja da Reconciliação, uma mulher aproximou-se do Ir. Roger, parecendo querer sussurar-lhe qualquer coisa. Antes de ser detida, a mulher apunhalou o fundador da comunidade Taizé com três golpes nas costas.
Pouco depois o irmão François, próximo do irmão Roger, pediu a palavra para explicar que este último tinha sido atacado durante a oração, acabando por morrer, e pediu que rezassem por ele.