Em 2024, a expectativa de vida da população brasileira chegou aos 76 anos
Reportagem Idalina Miranda e Ederaldo Paulini
A população brasileira está vivendo mais. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a expectativa de vida chegou aos 76 anos. Com esta realidade, cresce também a necessidade de atenção à saúde física e mental dos idosos.
Manhã de Sol, oportunidade de celebrar. Dona Delza e as amigas comemoram mais um ano de vida. “É terapêutico. Muita alegria”, disse a senhora. “Faz uns dois meses que eu tô na na hidro”. E quantos anos senhora tem? Ai, precisa contar?”, falou a idosa.
O avanço é expressivo quando se olha para o passado. Em 1940, um brasileiro vivia em média 45 anos. “Hoje, provavelmente, a maioria das pessoas vai chegar na idade idosa.
Uma informação ainda mais reveladora é que quem conseguiu completar 60 anos ou mais no ano passado tem uma expectativa de vida ainda de mais 22 anos e meio”, compartilhou a geriatra, Lis Zampier.
“É descascar mais e desembalar menos. Então, coisas mais naturais. Cuidar do sono, então, se eu tenho um sono que é reparador, que eu acordo descansado, eu tenho uma probabilidade de ter uma vida, um envelhecimento melhor”, reforçou a psicóloga, Rose Helena de Paiva.
“Então, a gente precisa, na idade adulta pensar, eu preciso construir uma vida ativa”, retomou a geriatra.
Outro fator que precisa ser observado é a solidão. Ao se aposentar, dona Ester se viu em meio a uma depressão e resolveu acatar os conselhos da psicóloga. “Eu vim para cá, entrei na hidroginástica, entrei no vôlei. Teve o campeonato por causa da Casa do Idoso, fazendo 18 anos. Daí ganhei três medalhas de ouro e a quarta foi de atleta revelação porque eu sou eu sou nova na casa”, contou a aposentada, Ester Ruiz Castro.
Em 2024, a expectativa de vida da população brasileira chegou aos 76 anos. E não se trata de colecionar somente histórias de vida, mas sabedoria e muita alegria. “Eu fiz na minha casa sábado passado uma confraternização, a metade das meninas foram lá”, afirmou a aposentada, Aparecida Rosário.
“E o convívio social aqui também é muito bom porque evita a solidão, principalmente daqueles que não tem companhia em casa”, ressaltou o aposentado, Luis Antonio Campos.
Especialistas reforçam que é primordial criar círculos e vínculos de apoio para ter a saúde mental equilibrada. “Então, cuidar do ambiente familiar e também ampliar os vínculos familiares para outros espaços, sejam amigos, pessoas próximas, pessoas com quem a gente convive e que a gente se identifica”, destacou a psicóloga.
“Eu preciso entender que esse idoso já me forneceu muito da vida dele, já me forneceu da sua energia, do seu intelecto. Quantos aqui eu tenho engenheiro, eu tenho psicólogo, eu tenho professoras que pessoas que tiveram uma vida produtiva”, refletiu a chefe de Política para a Pessoa Idosa, Selma Leite de Carvalho.
E o que dizer do carinho entre dona Lúcia e Rafael? “Ter esse cuidado com eles é essencial para retribuir o carinho que eles têm pela gente, na verdade. E é maravilhoso ter essa troca de carinho, de respeito”, comentou o educador físico, Rafael Soares.
“Todos são bons. Todos são. Me socorri mais a ele devido a artrose que eu tenho no joelho e não era nem para mim tá andando, era para estar na cadeira de rodas”, confirmou a aposentada, Lúcia Aparecida Campos.
Então vamos aproveitar o momento pra senhora agradecer ele. “Obrigada, Rafa. Eu sempre agradeço ele”, agradeceu ela.




