O Supremo Tribunal Federal vai julgar ainda este ano a descriminalização do aborto para gestação de anencéfalos, isto é, para fetos sem cérebro.
Para tomar uma decisão, o Supremo decidiu ouvir a sociedade em audiências públicas, promovidas pelos ministros. Nesta terça-feira, 26, foi a vez da Igreja e da sociedade organizada defenderem suas posições.
Além de representantes da Igreja e da sociedade organizada, Dona Cacilda, mãe da Marcela, menina diagnosticada com anencefalia e que viveu quase dois anos, foi o centro do debate. Cacilda mesmo sabendo do diagnóstico da filha insistiu em viver o tempo que fosse ao lado da filha. Segundo ela, cada segundo da vida de Marcela foi importante não só para ela e sua família para toda a cidade.
Médicos e especialistas afirmam que a anencefalia, muitas vezes, permite ao bebê viver, respirar, deglutir, se mexer e até interagir afetivamente com a mãe.
No entanto, o advogado que entrou com a ação, defende que as mães devem ter o direito de interromper a gravidez em caso de anencefalia.
Segundo o médico da universidade do Rio de Janeiro e representante da Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família, Rodolfo Acatauassú, não existe tecnologia suficiente para dizer que a criança não vai sobreviver.
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