Nesta quarta-feira, 1, bispos de todo o Brasil participaram da solenidade de abertura da 57^a Assembleia Geral da CNBB

Julia Beck
Da redação

“Três palavras definem o profundo significado da Assembleia Geral: participação, comunhão e missão”. A declaração é parte do discurso do cardeal e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Sergio da Rocha, proferido nesta quarta-feira, 1, durante a abertura da 57^a Assembleia Geral (AG) da CNBB. O evento acontece no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida do Santuário Nacional de Aparecida, em Aparecida (SP), até o dia 10 de maio. São esperados ao longo da AG, 323 bispos considerados ativos, e 171 bispos eméritos e representantes de organismos e pastorais.

A solenidade iniciada com a entrada do Círio Pascal e da imagem de Nossa Senhora Aparecida foi precedida por uma missa na Basílica de Nossa Senhora Aparecida. Nos primeiros momentos da cerimônia de abertura, Dom Sergio rogou: “Que a luz da ressurreição ilumine todas as nossas atividades para que possamos chegar ao final com decisões acertadas. Que o Deus de bondade nos conceda a graça de viver esses dias em fraterna comunhão”.

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.: Cobertura da 57ª Assembleia Geral da CNBB

O presidente da CNBB agradeceu todos os membros da Conferência pelos serviços prestados e ressaltou a importância dos bispos iniciarem os trabalhos da Assembleia primeiramente com a missa. “Expressa a convicção de que a fonte e sustento da vida, missão e trabalhos nesses dias é a Eucaristia”, declarou. Dom Sergio mencionou a AG como uma ocasião privilegiada de partilha, oração, estudo e reflexão, e ressaltou que o evento fortalece a comunhão entre os bispos e o Papa na missão de melhor servir as igrejas locais e a Igreja no Brasil.

Sobre o tema central da AG – a atualização das novas diretrizes para a Igreja no Brasil -, o cardeal reforçou a continuidade de um trabalho iniciado na 56^a AG: “Esse tema central já é fruto de muito trabalho e reflexão”. Dom Sérgio também comentou sobre a eleição dos novos membros da presidência da CNBB e a relação deste momento com o objetivo central do evento. “As novas diretrizes são referência permanente para os que serão eleitos. Por isso, primeiro elaboraremos as diretrizes, depois escolheremos aqueles que estarão por primeiro na Conferência Episcopal”, frisou.

A 57^a  AG acontece no ano em que é realizado o Sínodo para a Amazônia. Sobre este fato, o cardeal comentou o envolvimento das igrejas na Amazônia com o Sínodo, e a satisfação da CNBB com os trabalhos até agora realizados. “Queremos expressar a nossa gratidão e apoio a essa iniciativa do Papa que tem mobilizado as igrejas na Amazônia e animado a sua missão. Que possa trazer muitos frutos, fortalecendo a comunhão, a corresponsabilidade pela Amazônia e a fidelidade da missão evangelizadora”.

O reitor da Basílica de Nossa Senhora Aparecida, padre Carlos Eduardo Catalfo, recepcionou os bispos e manifestou a alegria do Santuário em sediar mais uma vez a Assembleia Geral dos Bispos do Brasil: “Sejam todos bem-vindos, sempre dizemos que o Santuário é a casa da mãe, (…) nossa palavra dirigida aos senhores é de acolhimento e boas vindas. (…) Acolher a Assembleia da CNBB nos faz pensar que o Santuário pertence ao povo brasileiro e à Igreja no Brasil. Sintam-se em casa, na casa da mãe, sintam-se romeiros de Nossa Senhora”.

Dom Orlando Brandes, arcebispo da Arquidiocese de Aparecida acolheu os bispos do Brasil e refletiu sobre o que é AG. “Nós, sucessores dos apóstolos, (…) estamos no verdadeiro cenáculo. Sempre digo isso porque acredito que é isso mesmo, as assembleias da CNBB são verdadeiros cenáculos e pentecostes. (…) Sejamos instrumentos do amor de Deus nesses dias, amando nossas Igrejas particulares e a nossa Igreja no Brasil”, sublinhou. O arcebispo fez votos para que a AG seja trabalhosa e frutuosa. “Boa assembleia, com bons frutos. Viva a Igreja católica, a sua Igreja particular, viva a Igreja no Brasil!”, concluiu.

Mais uma vez participando da Assembleia Geral da CNBB, o Núncio Apostólico do Vaticano, Dom Geovanni D’aniello expressou gratidão pela oportunidade e expressou disponibilidade em incentivar momentos de fraternidade entre o episcopado brasileiro. “Que a vontade de Deus seja feita a qualquer momento. Começamos a 57^a  Assembleia Geral com o desejo de que a vontade de Deus seja feita. (…) Lembremos que estamos a serviço gratuito dos outros. Asseguro minhas orações e que Deus nos abençoe!”, afirmou.

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