Cardeal Damasceno pede oração dos fiéis pela assembleia que discutirá a realidade paroquial
Por Alessandra Borges
Da redação
Na manhã desta quarta-feira, 30, foi realizada a abertura da 52º Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) com a celebração da Santa Missa, às 7h30, no Santuário Nacional de Aparecida (SP).
A celebração foi presidida pelo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Raymundo Damasceno Assis, e concelebrada pelo vice-presidente, Dom José Belisário; e o secretário-geral, Dom Leonardo Steiner.
Acesse
.: FOTOS da Assembleia dos bispos
.: Todas as notícias sobre o encontro
Durante a celebração, o Cardeal Dom Damasceno recordou a alegria que a Igreja comemorou, no último domingo, 27, com a canonização de São João XXIII e São João Paulo II; particularmente, os brasileiros celebraram a canonização de José de Anchieta.
“A santidade é uma vocação universal e as canonizações são um estímulo para nós, porque nos oferece modelos concretos de santidade e comunhão do Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja”, disse o cardeal.
O tema central tratado pelos bispos, durante a assembleia, é o documento “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”. Segundo Dom Damasceno, entre os vários temas estudados pelos bispos, a realidade das paróquias será debatida de forma especial, pois é preciso renovar, nas comunidades paroquiais, o espírito missionário, como pediu Papa Francisco.
“Discutiremos, uma vez mais, o projeto de documento “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”; agora, enriquecidos pelas contribuições que vieram de muitas paróquias, dioceses regionais e pessoas que, individualmente, com pequenos grupos, procuraram refletir sobre o tema e dar a sua colaboração. Ser comunidade é viver a fé na forma do amor fraterno, e este é o apoio de que todos necessitamos para viver a missão de anunciar o Evangelho com alegria e entusiasmo”, explicou o cardeal.
O cardeal lembrou as palavras do Santo Padre a respeito do fiéis e leigos da Igreja: “A imensa maioria do povo de Deus é constituída por leigos. Ao seu serviço, está uma minoria: os ministros ordenados. Cresceu a consciência da identidade e da missão dos leigos na Igreja” (Exortação Apostólica Evangelii Gaudium).
“A Igreja no Brasil quer, à luz dos 50 anos do Concílio Vaticano II, avaliar os caminhos dos leigos e leigas e apoiá-los para avançar no exercício da sua vocação na missão da Igreja e na sociedade brasileira”, afirmou o dom Damasceno.
Outro pauta importante, que será debatida pelos bispos, é o documento referente à questão agrária no Brasil, demonstrando a preocupação da Igreja em relação aos assuntos sociais do país. O cardeal afirma que esse documento será a palavra dos pastores da Igreja, e não de técnicos, sobre um tema que traz implicações profundas do desenvolvimento da sociedade brasileira e dos pobres.
“Esse documento será uma forma de iluminar essa questão tão atual e urgente à luz do Evangelho e do ensinamento social da Igreja”, destacou o purpurado.
O arcebispo pediu a oração dos leigos e leigas para que esta assembleia possa atingir os objetivos propostos nas diretrizes gerais da ação evangelizadora da Igreja no Brasil, para que possam evangelizar, a partir de Jesus Cristo, uma Igreja missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e da Eucaristia.