Neste sétimo dia da Assembleia, os bispos lembraram, na Missa de hoje, dos irmãos no episcopado que já faleceram
Kelen Galvan
Da redação
A Missa da manhã desta terça-feira, 7, na 57ª Assembleia Geral da CNBB, fez memória a todos os bispos falecidos desde a assembleia do ano passado. A celebração foi presidida pelo arcebispo metropolitano de Vitória (ES), Dom Dario Campos, OFM.
Na breve homilia, Dom Dario destacou três pontos da liturgia de hoje que iluminam essa homenagem aos falecidos.
O primeiro, no Salmo 30, no qual o salmista se coloca nas mãos amorosas de Deus. “Uma experiência necessária a todos nós a fim de que possamos descansar em Deus, em meio a tantas labutas que vivemos”, apontou o bispo.
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O segundo ponto está no Evangelho (cf. Jo 6,30-35), no qual Jesus afirma “Eu sou o Pão da Vida”. Dom Dario lembrou que todos os irmãos que partiram foram alimentados pelo Senhor na partilha do Seu corpo e Seu sangue e hoje contemplam Aquele para o qual, durante toda a vida, se colocaram a serviço.
O bispo lembrou que no Evangelho Jesus deseja aprofundar o discurso fazendo o povo reconhecer que Ele é o verdadeiro pão descido do céu. “A confiança que depositamos no Senhor deve ser alimentada cotidianamente por meio da nossa intimidade com Deus, principalmente pela celebração da Eucaristia”, destacou.
Ele lembrou que os desafios da evangelização são imensos e, por vezes, parecem intransponíveis. Portanto, “somente fortalecidos e alimentados com o Pão da Vida é que vamos nos deixar tocar pela intimidade do Senhor e seremos capazes de realizar a missão que Ele nos confiou”.
Por fim, o último ponto destacado por Dom Dario se encontra na primeira leitura (cf. At 7,51-8,1a), que narra o martírio de Santo Estevão. Ele aponta que, na narrativa, o autor insere no texto a figura do jovem Saulo, que recebeu aos seus pés as roupas daquele que morria.
“Aqui se encontra a força do testemunho do martírio, semente de novos cristãos (…) Podemos dizer que muitos de nós fomos tocados pelo testemunho de nossos irmãos que já partiram, por suas palavras e atitudes que marcaram e animaram nosso caminho com o Senhor”, recordou.
O bispo concluiu afirmando que o episcopado também é um caminho de martírio que convida à doação total da própria vida. “Ao olhar para o martírio de Santo Estevão, somos chamados a olhar para o caminho que devemos seguir, na oferta cotidiana da nossa vida”.