Presidente da CNBB destacou importância da assembleia dos bispos deste ano e pediu orações
Kelen Galvan
Da redação
A Missa de abertura da 57ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, na manhã desta quarta-feira, 1º, foi presidida pela atual presidência da CNBB: o Cardeal Sergio da Rocha, Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger e Dom Leonardo Ulrich Steiner.
O encontro reunirá até dia 10 de maio, todos os bispos do Brasil em Aparecida. Entre os temas que serão definidos nesta assembleia estão a eleição da nova presidência da CNBB e a aprovação das novas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, para o quadriênio 2019-2023.
Na homilia, o cardeal Sergio da Rocha destacou que, testemunhando a fé em Cristo ressuscitado, o louvor pascal de cada um seja manifestado com os lábios, com o coração e a vida, e seja acompanhado da busca sincera da unidade.
“Unidade que queremos cultivar e testemunhar nesses dias em vista da missão da Igreja, isto é, para que o mundo creia. Unidade que tem sua fonte maior e seu sustento na comunhão eucarística”, afirma.
O cardeal pediu também, em nome dos bispos reunidos em Aparecida, a oração da Igreja em todo o Brasil pela assembleia que inicia hoje. “É uma assembleia de especial importância, pois nela estarão sendo aprovadas a nova presidência da CNBB e os presidentes das Comissões Episcopais Pastorais. Por isso, rezem ainda mais por nós”.
Dom Sergio lembrou que alguns bispos não puderam estar presentes na assembleia, por motivo de enfermidade ou outras limitações, mas estão unidos em oração. “A eles nossa afetuosa saudação. Estejam certos da nossa oração. Rezem por nós!”.
O presidente da CNBB lembra que a Assembleia Geral da CNBB inicia-se no dia em que toda a Igreja celebra São José Operário e o Dia do Trabalhador. O cardeal recordou da realidade dos trabalhadores, principalmente os mais fragilizados e os que sofrem com situações de desemprego, e assegurou a todos as orações dos bispos.
Escuta do Senhor
O cardeal destacou que, nestes dias da assembleia, a Igreja representada pelo episcopado brasileiro volta os seus olhos para o Senhor ressuscitado e coloca-se à escuta do Senhor, para melhor servir e discernir o que ele quer de cada um no cumprimento do mandato missionário.
Ele lembrou que são inúmeros os desafios para a missão da Igreja no mundo de hoje, e, nestes dias, os bispos procurarão responder a eles propondo novas diretrizes da ação evangelizadora da Igreja no Brasil.
Referindo-se à primeira leitura da Missa (cf. At 5, 17-26), Dom Sergio afirmou que as dificuldades não devem impedir o anúncio do Evangelho. “Ao contrário, exige ainda mais a proclamação firme do Evangelho e o testemunho fiel e perseverante. O episódio narrado nos Atos dos Apóstolos mostra que ninguém pode aprisionar a Palavra de Deus. Pela força do Senhor Ressuscitado, pela ação do Espírito Santo, os discípulos saíram para anunciar a Palavra com coragem e esperança, como deveria acontecer conosco hoje”, destacou.
O cardeal disse que as dificuldades não devem jamais desanimar, nem impedir de seguir em frente na nossa missão. “Diante dos desafios nós temos a oportunidade de crescer na fé e na confiança em Deus. E caminhar ainda mais unidos, unidos ao querido Papa Francisco, unidos como episcopado, unidos como Igreja no Brasil. A boa nova necessita ser anunciada a todos, especialmente para os que mais sofrem”.
Ele concluiu a homilia, afirmando que a Igreja é chamada a ser sinal e instrumento do amor misericordioso de Deus no mundo. “Para tanto, ela vive da graça e da misericórdia de Deus. A certeza de contar sempre com a misericórdia de Deus nos anima nesta missão bonita, mas tão exigente de evangelizar, de compartilhar a alegria e esperança do Senhor ressuscitado com todos, especialmente com os irmãos e irmãs que mais sofrem”.