57ª Assembleia Geral

CNBB: Mês missionário e Sínodo Amazônico são acordados em coletiva

Bispos disseram que Papa se preocupa com mudanças climáticas e quer discutir o assunto no Sínodo, em outubro

Thiago Coutinho, de Aparecida

Bispos presentes na coletiva desta segunda-feira, 6, na 57ª Assembleia Geral da CNBB./ Foto: Thiago Coutinho- CN

Nesta segunda-feira, 6, mais uma coletiva de imprensa foi organizada pela 57ª Assembleia Geral da CNBB. Dom Claudio Hummes, que preside a Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam); Dom Raymundo Damasceno, arcebispo emérito de Aparecida; e Dom Odelir Magri, bispo de Chapecó (SC) compuseram a mesa que atendeu aos jornalistas, neste início de semana. 

Os assuntos abordados foram o processo de votação organizado pela 57ª Assembleia, o Sínodo para a Pan-Amazônica e o Mês Missionário Extraordinário. “Fizemos os estudos das diretrizes, fizemos um balanço da atual presidência da CNBB. Ao final destas discussões, tivemos um dia de retiro, que terminou no domingo”, explicou Dom Damasceno. “Não há chapas para os bispos que serão eleitos. É uma missão em que, cada bispo, se coloca neste espírito evangelizador para quem quer que ocupe quaisquer cargos, seja como presidente ou nas Comissões Pastorais [que são 12 ao todo]”, acrescentou. 

Acesse
.: Cobertura da 57ª Assembleia Geral da CNBB

A novidade das eleições deste ano, segundo dom Damasceno, são os vice-presidentes, que serão dois. “É muito difícil que todos os nomes saiam no primeiro escrutínio. Acredito que no terceiro isto aconteça”, detalhou. 

Dom Magri, por sua vez, falou sobre o Mês Missionário Extraordinário, instituído pelo Papa Francisco em 2017. “O Papa destacou que despertássemos a consciência da missão em nosso Brasil e a retomássemos com novo impulso”, explicou o religioso. “Ele pediu também para reavivarmos a consciência com o tema ‘Batizados e Enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo’. É a primeira vez que o Papa convoca isto no mundo todo”, afirmou o bispo de Santa Catarina. 

Cada país, de acordo com Dom Magri, tem três ou quatro nomes representando as principais missões nos países em que se encontram. O religioso destacou ainda as dimensões e aspectos centrais que são o norte para o Mês Missionário. “O primeiro deles é o encontro com Jesus Cristo. Por isso cada batizado, cada missionário, é testemunha de Jesus Cristo. A outra dimensão é a formação teológica, bíblica e toda esta realidade que envolve a preparação de formação”, afirmou o bispo. 

Sínodo Amazônico

Dom Cláudio Hummes, que preside a Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam), falou sobre o Sínodo para a Igreja Católica na Amazônia que acontece em outubro próximo. “Trata-se de um Sínodo que abrangerá toda a Amazônia, que chega em oito países e acontece dentro deste contexto de crise climática e ecológica, que o Papa Francisco já tratou em sua Encíclia Laudato Sí”, contextualizou o bispo. 

É uma crise grave, afirmou Dom Cláudio. “E tem de ser revertida neste século, ou o planeta não terá chances. Se perdermos a Amazônia, perderemos a batalha para vencer essas mudanças climáticas. É urgente, e o Sínodo tratará deste assunto. É preciso manter o foco, como pede o Papa”, ponderou o religioso. 

Foram apresentados temas pelo Pontífice para que sejam encontradas soluções para os problemas que afligem a região amazônica. “É preciso não ter medo do novo. E, dentro disto, percebemos que a Igreja está dentro do mundo e estamos a serviço de toda a humanidade”, assegurou. 

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo