Coletiva de Imprensa

57ª Assembleia Geral da CNBB organiza primeira coletiva

Bispos apresentaram temas relacionados à reforma da previdência, o desemprego no Brasil e as novas diretrizes de Ação Evangelizadora

Thiago Coutinho, de Aparecida

Foi realizado nesta quarta-feira, 1º maio, a primeira coletiva de imprensa da 57ª Assembleia Geral da CNBB, no Santuário Nacional de Aparecida. A mesa de bispos foi composta por Dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador (BA) e vice-presidente da CNBB, Dom José Belisário da Silva, arcebispo de São Luiz (MA) e Dom Guilherme Antônio Werlang, bispo de Lages (SC).

Os temas tratados pelo episcopado nesta quarta-feira, 1, foram centrados nas novas Diretrizes de Ação Evangelizadora, numa visão geral da assembleia e em uma breve mensagem dos bispos por conta do Dia dos Trabalhadores.

Dom Murilo ressaltou a quantidade de bispos eméritos que vieram participar desta Assembleia, cerca de 170, além da discussão com relação às novas diretrizes que serão adotadas pelo Brasil nos próximos quatro anos. “Temos outros temas de grande importância, como assuntos de liturgia, assuntos de doutrina da fé, a campanha da Fraternidade de 2021 e uma série de outros assuntos”, ressaltou Dom Murilo.

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.: Cobertura da 57ª Assembleia Geral da CNBB

O Sínodo dos Jovens e o Sínodo Para a Amazônia, que acontece em outubro próximo, também estão sendo discutidos pelo episcopado. “Moçambique, que passa por uma tragédia terrível, também está em nossa pauta”, informou o arcebispo de Salvador.

Os trabalhos são desenvolvidos em dois períodos, pela manhã e à tarde. A nova presidência da CNBB, bem como os novos responsáveis pelas Comissões Episcopais de todo o país, serão revelados até o dia 10, quando a Assembleia será concluída.

Novas diretrizes

Dom Belisário explicou as novas diretrizes que serão adotadas. “Elas são como uma plataforma de ação de governo. O texto apresentado hoje à tarde passa por um processo de confecção complexo.” detalhou o religioso.

Uma comissão de outros doze bispos foi nomeada para organizar a redação dessas novas regras que serão postas em prática no próximo quadriênio. “Começamos este trabalho em agosto, e ao final do ano já tínhamos um texto encaminhado. Em janeiro, enviamos este material aos bispos e, em fevereiro, enviamos uma segunda versão em que aceitamos a maior parte das emendas e ajustes apresentados”, disse Dom Belisário.

Mensagem aos trabalhadores

Dom Guilherme Antônio Werlang detalhou alguns pontos da mensagem aos trabalhadores, já divulgada pela CNBB. “Ainda hoje perguntamos sobre a carga de trabalho, que hoje ainda é longa”, afirmou.

A Reforma da Previdência também foi abordada na coletiva, além da situação atual dos trabalhadores, que preocupa a Igreja no Brasil. O número de jovens desempregados no país chama a atenção dos religiosos, pela dificuldade em se ingressar no mercado de trabalho:

“Ter uma dignidade que dignifica o ser humano. Negar o trabalho é negar um direito. O trabalho é um direito humano. Enquanto cristãos, quando as políticas públicas negam este direito, temos de questionar o que está acontecendo”, reiterou.

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