Dom Gregório Paixão integra a Comissão da CNBB para a Educação e Cultura
Júlia Beck
Enviada a Aparecida (SP)
“Somos guardiões dos patrimônios [culturais], eles pertencem ao povo brasileiro”. Dom Gregório Paixão, bispo da diocese de Petrópolis (RJ) e membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Educação e Cultura, falou na manhã desta quinta-feira, 19, sobre os bens culturais e a Igreja no Brasil, no último meeting point da 56º Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
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.: Cobertura da 56ª Assembleia Geral da CNBB
Os monumentos, além de construírem e fazerem parte da história do país, são também fundamentais para a história da Igreja no Brasil, observou Dom Gregório. De acordo com o bispo, 72% dos monumentos culturais brasileiros estão ligados à arte religiosa, o que motivou a Igreja a dar continuidade ao incentivo à preservação destes bens culturais, principalmente de forma estrutural.
Além da preservação, Dom Gregório afirmou que uma das prioridades da Igreja é incentivar a produção da arte-sacra, uma arte dedicada a Deus. Para o bispo de Petrópolis, a intenção é unir arte e expressão da fé.
Ouça, abaixo, o que Dom Gregório diz sobre as ações promovidas pela Igreja para conscientização dos leigos sobre a preservação dos monumentos culturais:
A relação com os monumentos culturais presentes nos santuários, igrejas e templos católicos é de cuidado, ressalta Dom Gregório. A Igreja é guardiã dos bens que são, segundo o bispo, de propriedade do povo, e apoia a lei de preservação e proibição da venda de monumentos.
Para Dom Gregório, a venda torna a admiração e contemplação dos monumentos seletiva, e favorece os que possuem grande poder aquisitivo e capacidade de adquiri-los. Do contrário, preservá-los nos templos possibilita a todos admirá-los e contemplá-los. Depois de conservá-los, o desafio da Igreja quanto aos monumentos é o de incentivar o turismo e proporcionar aos admiradores uma experiência religiosa, contou o bispo.