Na 51ª Assembléia Geral da CNBB, bispos de diversas partes do Brasil discutem temas que dizem respeito não somente à Igreja Católica, mas também a assuntos de interesse da sociedade geral, como a questão agrária no Brasil e a reforma política.
O tema central deste encontro é a situação das paróquias no Brasil e foi abordado, de forma especial, na manhã desta quinta-feira, 11.
Em entrevista à TV Canção Nova, Dom Anuar Battisti, Arcebispo Metropolitano de Maringá (PR), falou sobre um documento que os bispos receberam tratando do assunto principal da Assembleia: “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”.
“Hoje, pela manhã, conhecendo o texto que foi enviado para nós, anteriormente, recebemos um outro, momentos antes de começar este segundo dia. Lendo este documento, de forma geral, achei bem interessante, prático e concreto”, explicou o arcebispo.
Ainda referente ao que acontece nas plenárias, cujo ambiente é reservado somente aos bispos e assessores, Dom Anuar falou a respeito dos trabalhos realizados: “Acontecem trabalhos de grupos para enriquecer este texto e aprimorá-lo ainda mais.”
Sobre os trabalhos da primeira parte do dia, o arcebispo destacou a decisão tomada por todos os bispos: a de “não aprovar este ato [o documento], mas que este mesmo texto volte para as comunidades, onde o clero e os leigos poderão lê-lo, conhecê-lo e ainda opinar sobre isso, voltando para a Assembleia do ano que vem. Por isso, ele será colocado dentro dos arquivos verdes da CNBB, que são arquivos de estudo”.
Perguntado sobre que assuntos lhe chamaram mais atenção no documento, em relação às paróquias, Dom Anuar destacou o trecho que diz: “a paróquia deve ser Casa do Pão e Casa da Amizade e ainda a Casa da Santidade para que nós sejamos santos através da comunidade paroquial. Sendo a casa da amizade, que possamos buscar relacionamentos verdadeiros entre nós, pois cada um de nós gosta de ser reconhecido como pessoa”.
Sobre as lideranças leigas nas paróquias, concluiu: “O leigo não é só aquele que faz as coisas já decididas, mas é também chamado a decidir e executar, ou seja, não é ‘fazedor’ de coisas, mas aquele que participa das decisões”.