STF reabre debate sobre a legalização do aborto em uma audiência pública que será realizada em 3 e 6 de agosto
Da redação
Nos dias 3 e 6 de agosto, sexta e segunda-feira, respectivamente, o Supremo Tribunal Federal (STF) realizará uma audiência pública, convocada pela ministra Rosa Weber, em que será debatida a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação ― trata-se da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442. A Igreja Católica tem reiterado sua posição contrária ao aborto e, em vários lugares do país, surgem iniciativas a favor da vida.
Diversas arquidioceses do país estão se mobilizando contra esta possibilidade. Na arquidiocese de Brasília, a Pastoral Familiar realizará uma vigília nesta quinta-feira, 2, das 20h às 22h, na Catedral Metropolitana. Já o grupo “Mães que oram pelos filhos” convocam a rezar o Rosário nas audiências nos dias 3 e 6 de agosto, marcando como local de encontro a Praça dos Três Poderes.
Na arquidiocese do Rio de Janeiro, haverá um ato em atenção à vida no Corcovado nesta quinta-feira, 2, às 15h. O arcebispo local, Cardeal Orani João Tempesta, bispos auxiliares e vigários episcopais se colocarão aos pés do Cristo Redentor em oração pela defesa da vida. Às 18h, o monumento será iluminado com a cor branca e receberá a projeção da palavra “vida”. Os fiéis são convidados a participar, em cada diocese, de momentos públicos e pacíficos para expressar a toda à sociedade a importância da defesa e promoção da vida; realizando, ao longo do mesmo dia 2, hora santa em reparação.
Já a Arquidiocese de Belo Horizonte convida para uma vigília e celebração em defesa da vida no sábado, 4, às 19h. O momento de oração será na Tenda Cristo Rei, no canteiro de obras da Catedral Cristo Rei.
“Levantar a voz em defesa da vida é uma obrigação moral e cidadã de todos. Calar significa agir de modo conivente com os processos que estão ameaçando a vida humana, em diferentes etapas e circunstâncias. E as consequências são grave”, disse o arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor de Oliveira Azevedo, em um recente artigo intitulado “Vozes pró-vida”.
“Explicitamente manifestamos nosso irrenunciável compromisso com a vida desde a concepção até a morte natural, com especial atenção à vida mais fragilizada, que, no caso em questão, é a vida do nascituro”, disseram os bispos do Regional Leste 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que abrange todo o Estado do Rio de Janeiro, em mensagem.
“As manifestações que fizemos, e estamos fazendo, é para lembrar que a responsabilidade da inviabilidade da vida está em nossa Constituição. E nenhum poder, a não ser o constituinte, pode mudar esta cláusula pétrea de nossa Constituição de que a vida é inviolável desde a concepção até a sua morte natural. Portanto, é um momento muito importante em que nós estamos fazendo toda esta campanha para que o STF esteja atento a isso e realmente possa ver que o momento é o de conservar a vida e uma cultura de vida e não de morte em nosso país”, disse Dom Orani João Tempesa, em uma mensagem em vídeo.