“Todo mundo está se mobilizando em oração e pedindo para que esta situação se resolva o quanto antes”, diz bispo auxiliar de Manaus
Da redação, com Rádio Vaticano
Após rebelião em presídio de Manaus, a Arquidiocese da capital do Amazonas, por meio do Arcebispo, Dom Sérgio Castriani, e os auxiliares, convidam a população à atitudes de não-violência.
Pelo menos 60 presos que cumpriam pena no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus (AM), foram mortos durante a rebelião que começou no início da tarde desse domingo, 1º, e chegou ao fim na manhã de nesta segunda-feira, 2, após mais de 17 horas de duração.
“A voz da Igreja que está em Manaus é de grande lamento e profunda tristeza; estamos todos unidos em oração: padres, diáconos, agentes de pastoral, nós bispos, os agentes de pastoral carcerária. Todo mundo está se mobilizando em oração e pedindo para que esta situação se resolva o quanto antes. Sabemos dos grandes desafios dos cárceres no Brasil, e aqui em Manaus não é diferente. Esta situação nos traz muita tristeza e apreensão. A cidade toda está em alerta. Está todo mundo acompanhando as notícias locais”, disse o bispo auxiliar, Dom José Albuquerque de Araújo.
O bispo espera que os governos, estadual e municipal, assim como a polícia, possam chegar a um acordo e resolver a situação o quanto antes, “para o bem dos que estão presos, que muitas vezes são vítimas da própria violência, e também dos familiares que acompanham com muita apreensão, tristeza e medo que a situação perca o controle”.
“Nós estamos todos rezando e lembrando as palavras do Papa Francisco em sua mensagem. Em todas as comunidades aqui de nossa Arquidiocese elas foram lidas, refletidas e rezadas e de fato, esta é uma situação muito triste e que nos lança um grande desafio, de tratar a situação em nossos presídios com serenidade e muita justiça, respeitando os direitos humanos e procurando fazer com que a paz aconteça nos cárceres, o que não está acontecendo aqui em Manaus e em nosso país”, ressaltou Dom José.