A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem feito alertas constantes sobre o uso indiscriminado de medicamentos. Sobre esse assunto, nesta quarta-feira, 24, foi a vez de debater as medidas para o controle de vendas dos antibióticos.
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O comércio de antibióticos movimentou, somente no Brasil, 1,6 bilhões de reais no ano passado. E não é porque muitas pessoas ficaram doentes, mas é uma realidade que reflete dados de um problema mundial, onde mais de 50% das prescrições de antibióticos foram inadequadas e a utilização de antibióticos virou moda, solução rápida de um dia para mais de 50% de pessoas. E a utilização por três dias, ou menos, virou costume de 90% dos pacientes.
A Anvisa quer seguir a lei para melhorar a utilização dos remédios de tarja vermelha. "Existe uma lei em que medicamentos, seja antibióticos ou quaisquer outros, que tenham a tarja vemelha, necessitam de receita médica. a forma de fazer o cumprimento e a fiscalização desse instrumento é aproveitar a experiência, que nós já temos há três anos, que é a inclusão no sistema de controle de medicamentos psicotrópicos, por exemplo", explica o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello.
O que foi apresentado e debatido na Anvisa ainda passará por uma consulta pública. Se for aprovada, a implantação do novo controle de vendas de antibióticos só valerá, na prática mesmo, em setembro de 2010. Com as seguintes mudanças:
– Exigência de receita de controle especial em duas vias;
– Apresentação e retenção de uma via da receita no ato da compra do antibiótico;
– O rótulo do remédio e a bula devem apresentar a frase: "Venda sob prescrição médica – só pode ser vendido com retenção de receita";
– E o controle eletrônico da entrada e saída de antibióticos nas farmácias e drogarias.
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