O Downhill em trilhas perigosas exige preparo e atenção, e acende o alerta para os riscos da prática em montanhas sem estrutura. Mas, longe dos esportes radicais, a bicicleta se consolida como meio de transporte no Brasil. Mais da metade da população já pedala em pequenos trajetos ou até para ir ao trabalho. Uma escolha saudável, sustentável e cada vez mais presente nas cidades.
Reportagem de Silas Santos e Sidiclei Sales
5 horas da manhã e tem gente a todo vapor pedalando na orla de Atalaia em Aracaju.
São cerca de 7 km disponíveis para quem pratica a modalidade. Há mais de 10 anos, essa educadora física presta consultoria na área. “A pessoa, ela precisa de se exercitar. O corpo foi feito para estar em movimento, ele não foi feito para estar parado. Então a bicicleta, além da gente usá-la para exercitar, a gente tem aquele benefício que alguns usam para trabalhar, para se deslocar. Então o fato de você tá se deslocando de bicicleta, você já está se exercitando”, falou a educadora física, Flávia Rezende.
De vários modelos, tamanhos, gostos e preços, seja para o ciclismo profissional, passeio ou substituir o automóvel. A bicicleta pode ser uma ótima opção. “Comece com o seu material. Se você tem aquela bicicleta de passeio, o pneu está murcho, encha, procure o profissional, deixa ele te direcionar e vai fazer o seu treino”, reforçou Flávia.
A prática também é recomendada por cardiologistas e outros médicos como exercício completo que alia o gasto calórico, a melhora da circulação. Além disso, em tempos de preocupação com o meio ambiente, ela ainda reduz a emissão de poluentes e ocupa menos espaço nas ruas. “Aquelas pessoas que têm dificuldade por causa do quadril, porque tem algum problema de joelho, da coluna, então o ciclismo ajuda bastante porque ele tem menos impacto articular”, indicou a médica cardiologista, Milena Barros.
E aí, vamos de bike? Aproveita a dica da reportagem e segue o exemplo de muitos que já têm a bicicleta como meio de transporte diário. “Tem mais ou menos uns 3 anos que eu optei por usar um pouco mais a bicicleta no dia a dia para me deslocar na cidade. É uma forma de ter uma experiência diferente com a cidade, né? De, enfim, apreciar a paisagem, as pessoas”, contou o jornalista, Gustavo Monteiro.
“Tenho um filho de 2 anos e meio. Ele também já gosta do esporte, já tem a bicicletinha dele, bicicletinha pequenininha. Tem uma outra bicicleta que tem a garupeira. Ele se amarra. A gente vem pra orla passear, eu, ele, minha esposa”, concluiu o engenheiro civil, João Rafael Sampaio.