Grande vencedor no Sul, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, reforçará as alianças com o PMDB na região para enfrentar o segundo turno. No dia seguinte à apuração dos votos, uma comissão tucana já estava formada para atrair o apoio de líderes peemedebistas, que conquistaram nas urnas a maior bancada na Câmara dos Deputados. O presidente do PMDB, Michel Temer, e o deputado gaúcho Eliseu Padilha tiveram uma conversa informal sobre o assunto com o senador eleito Pedro Simon, do mesmo partido.
Em Santa Catarina, a idéia é ampliar a presença de Alckmin nos programas eleitorais do candidato do PMDB ao governo, Luiz Henrique. O candidato teria prometido à executiva nacional do PSDB que telefonaria para o governador gaúcho, Germano Rigotto, pedindo ao amigo mais empenho dos peemedebistas do Estado, sobretudo pela presença de Yeda Crusius (PSDB), no segundo turno, contra Olívio Dutra (PT) na disputa pelo governo estadual.
Também faz parte da estratégia do candidato tucano endurecer o discurso. Atendendo a apelos do PFL, Alckmin passou as últimas semanas explorando o caso da compra do dossiê contra José Serra, eleito para o governo paulista. Mas, para líderes do PSDB, não foram apenas os escândalos envolvendo o governo Lula que determinaram o bom desempenho de Alckmin no Sul.
Ontem (02/10) à noite, integrantes do conselho de campanha se reuniram em Brasília para traçar estratégias e cronogramas. Os encontros continuaram hoje, com a definição das datas e visitas de Alckmin ao Rio Grande do Sul e a Santa Catarina.