O aeroporto internacional de São Paulo em Cumbica, Guarulhos foi o que mais recebeu vôos remanejados de Congonhas. Com o final do período de férias os saguões ficaram cheios de passageiros que ainda procuravam por informações.
Segundo a Infraero – empresa que administra os aeroportos – Cumbica vai receber 30% de todos os vôos que estavam programados para Congonhas. Este número engloba todas as companhias aéreas que no período que não é considerado pico, pode chegar a 100 aeronaves / hora. Com isso, o movimento de passageiros deve aumentar em 15% nos balcões de check in.
Esta adequação está sendo feita para atender a nova malha aérea que foi imposta pela Agência Nacional de Aviação Civil – Anac – e pelo Conselho Nacional de Aviação Civil – Conac – já que o movimento no terminal de Congonhas deve diminuir de 44 movimentos/hora para 33 movimentos/hora.
Entre os aeroportos de Cumbica, Viracopos e São José dos Campos os movimentos serão adaptados a realidade de cada terminal. "Cada empresa aérea vai se adaptar com o que temos. Não adianta querer forçar uma situação já que vamos oferecer o que temos dentro da nossa margem de segurança e conforto ao usuário", informou o superintendente adjunto da Infraero São Paulo, João Mário Jordão.
Em Cumbica alguns passageiros ainda estão tentando se localizar com a nova realidade. No entanto a grande questão é em relação a segurança de Congonhas para os passageiros que chegam e que partem. Para o empresário José Galino, um português que tem negócios no Brasil, a principal falta de segurança não está no terminal de passageiros mas sim, no tipo de
obra que foi feito. "Não é possível acreditar que um acidente como este tenha a ver com falha humana. No entanto, a falta de segurança do próprio governo em realizar uma obra séria é que coloca em risco a vida de tanta gente".
Já para o espanhol Valentino Guimarães Congonhas deve ficar ainda mais seguro após o acidente. "Acho que não haverá problemas mas só devo optar por aquele aeroporto daqui há algum tempo".
A pista principal do aeroporto de Congonhas operou normalmente nesta segunda-feira, segundo informações da Infraero. No entanto a grande polêmica está relacionada ao futuro do prédio da Tam que foi atingido pelo Airbus da própria companhia há uma semana. Tanto a empresa como a prefeitura já deram o alvará para a demolição mas a Defesa Civil ainda não marcou uma data para implodir o prédio.