8 DE JANEIRO

A sensibilidade no olhar é o mais importante na fotografia, diz profissional

Dia Nacional da Fotografia é celebrado nesta quarta-feira, 8; profissionais comentam sobre experiências marcantes com esse ofício

Fernanda Lima
Da Redação

Alguns registros fotográficos de Joyce na missão em Roma / Foto: Joyce Mesquita

Nesta quarta-feira, 8, o Dia Nacional da Fotografia é celebrado com o objetivo de reverenciar o valor e impacto da fotografia na sociedade, seja no âmbito artístico, jornalístico, documental ou pessoal. A origem da fotografia no Brasil é marcada pela chegada do francês Louis Compte ao Rio de Janeiro em 1840, quando demonstrou o daguerreótipo na corte de Dom Pedro II.

Profissionais e amantes da fotografia se dedicam a capturar instantes e eternizar memórias históricas ou corriqueiras. A missionária da Comunidade Canção Nova, Joyce Mesquita, mora atualmente em Roma e conta que descobriu a paixão por esse ofício aos 15 anos de idade.

Joyce Mesquita durante cobertura da Jornada Mundial da Juventude em Portugal / Foto: Arquivo Pessoal

“Prestes a completar 15 anos tive a oportunidade de escolher entre ganhar um book de fotos ou uma câmera fotográfica profissional. Como eu não gostava de ser fotografada escolhi a câmera sem muitas pretensões”, afirmou. Joyce comenta sobre a experiência dessa época, que para ela foi surpreendente. “Passei a fotografar tudo: a natureza, o dia-a-dia, meus amigos. Porém, nunca sonhei em trabalhar como fotógrafa. Hoje tenho clareza que foi a Divina Providência que me conduziu. Inclusive me rendeu o meu primeiro trabalho”, recordou.

No coração da Igreja

Em 2021, Joyce foi transferida para a frente de missão da Canção Nova em Roma. Colaborar com a missão sendo uma fotojornalista no local conhecido como “o coração da Igreja” ainda é uma surpresa para a missionária.

“Estar nas celebrações com o Papa e registrar esses momentos é sempre muito marcante. Me recordo que um momento forte pra mim foi realizar a cobertura do funeral do Papa Bento XVI. Os olhos do mundo voltaram para Roma. Por meio da fotografia tive a oportunidade de aproximar os fiéis desse momento de perda e de dor”, expressou.

Para Joyce, a fotografia tem a capacidade de eternizar o que foi vivido e de certa forma revela o que é essencial. “Vivemos em uma sociedade acelerada e imediatista. Isso provoca em nós o esquecimento do que foi vivido e mergulhamos na ansiedade do que ainda virá. Para mim a fotografia é um remédio contra esse mal”, concluiu.

Sensibilidade no olhar

Gislaine Rosa também expressa seu amor pela fotografia. A profissional mora atualmente em Minas Gerais e há 17 anos trabalha como fotógrafa. Ela revela como começou a trabalhar com esse ofício.

“Iniciei montando e desmontando cenários em um estúdio. Percebi que a fotografia fazia parte do meu mundo. Tenho déficit de atenção e por esse motivo, achava que era incapaz de ter uma formação. Quando comecei este trabalho, via sorrisos no rosto das pessoas e uma vontade enorme de ver o resultado. Hoje sou apaixonada por essa profissão”, frisou.

A fotógrafa comenta que se sente uma pessoa realizada dentro dessa profissão que lhe possibilitou diversas oportunidades. “Sou muito feliz e apaixonada por esse trabalho. Hoje o meu sonho é continuar desenvolvendo , aprendendo e desfrutando de tudo que Deus me possibilita por meio da fotografia. Percebo que a maior importância de um fotógrafo é sempre ter a sensibilidade no olhar”, concluiu.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo