A histórica entrega do Ícone de Kazan à Igreja Russa

Por expresso desejo do papa João Paulo II, a Rússia recebeu no Sábado, das mãos do cardeal Walter Kasper o Ícone da Mãe de Deus de Kazan. Foi um acontecimento de “dimensão histórica” que marca “um novo começo” nas relações entre ortodoxos e católicos – explicou o porta voz do Vaticano, Joaquim Navarro-Valls. Encabeçada pelos cardeais Walter Kasper, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, e Theodore Edgar MacCarrick, a delegação papal foi recebida na sexta-feira no aeroporto de Moscou por autoridades religiosas católicas, ortodoxas e civis. Cantos e orações rodearam na manhã de sábado a entrega do Ícone da Mãe de Deus de Kazan, na catedral da Dormição – ou Assunção – no Kremlin, onde Alexis II presidiu a liturgia e sublinhou que a Rússia é a “casa” da Virgem e que o Kremlin, com as suas catedrais, é o “coração” da Rússia. No término da solene cerimônia, o cardeal Kasper entregou – em nome de João Paulo II – o Ícone a Alexis II, fazendo-se portador também de uma carta de João Paulo II. Nela, o Papa afirma que, apesar da divisão entre os cristãos, o sagrado Ícone da Virgem de Kazan “aparece como um símbolo da unidade dos seguidores do unigênito Filho de Deus, o Único ao que Ela mesma nos conduz”. O patriarca Alexis II agradeceu ao Papa a entrega do Ícone: “Regressaram muitas imagens desaparecidas durante o comunismo – disse. Há um período no qual as pedras se lançam, e outro no qual são recolhidas. Esta é a cópia do Ícone de Kazan que teve um percurso longo e difícil”. Ao reflectir sobre a entrega do Ícone, o porta-voz da Santa Sé, Joaquín Navarro-Valls, declarou: “Todos, a meu ver, por parte ortodoxa e católica, pensamos este que constitui um momento de uma dimensão histórica”.

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