No Dia Nacional do Profissional da Educação, professora explica como a educação pode mudar vidas e o quão importante se torna para que gerações futuras se preparem para o mundo
Thiago Coutinho
Da redação
A educação é a principal ferramenta que pode proporcionar a transformação social. É também a base para qualquer profissão almejada. E nesta terça-feira, 6, é celebrado o Dia Nacional do Profissional da Educação, data que recorda a importância de todo o corpo docente — diretores, coordenadores, professores, orientadores etc. — que leva novas gerações a alçar o mundo a patamares mais elevados.
De acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), organizado por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), a taxa de analfabetismo no Brasil caiu 0,5% entre 2019 e 2022. Isso significa que ainda existem 9,6 milhões de pessoas, com 15 anos ou mais, que ainda não sabe ler ou escrever.
“A educação muda as pessoas quando ela é integral, ou seja, contempla todas as dimensões da pessoa humana”, afirma a professora, Ana Luiza Siniegh, diretora do Instituto Canção Nova – Educação Infantil, quando questionada sobre o poder da educação em transformar o mundo. “Padre Jonas nos ensinava que educar na Canção Nova envolve toda uma preparação da mente e do coração. Papa Francisco recentemente nos ensinou que educar é a harmonia entre a linguagem da mente, do coração e das mãos. Fazer o bem, construir um mundo novo, transformado”.
Desafios
Questionada acerca dos desafios da educação contemporânea, Ana Luiza afirma que manter a qualidade técnica do docente é um dos principais. “Saber ensinar com metodologias adequadas para cada realidade de ensino que contempla a criança, o adolescente e o jovem. O segundo desafio é a valorização desta qualificação, o retorno financeiro e o respeito dos pais, alunos e sociedade em geral”, pondera a educadora.
A escola compreende uma fase de formação educacional de novos estudantes. Diante de um mundo tão complexo com ideias e opiniões sobre tantos assuntos, o preparo do docente é fundamental para que os alunos possam receber uma educação decente. “Um professor jamais deveria achar que sabe de tudo”, alerta Ana Luiza. “Por isso estudar sempre, pesquisar sempre, ler sempre é condição sinequanon [expressão do latim que significa ‘sem a/o qual não pode ser’] para um profissional competente. Além disso, corresponder na prática o que se estuda, esta coerência é a premissa de toda autoridade”, aconselha.
Referência para a vida
Muitas vezes os professores se tornam referências que as pessoas levam para o resto da vida. Cria-se um laço de amizade intrínseco entre aluno e professor que muitas vezes é levado para o restante da vida.
“A relação de amorelezza entre professor e aluno é o que marca a vida inteira”, assevera Ana Luiza. “Amorevolezza, para Dom Bosco e Padre Jonas, é amar o educando a ponto de que ele se sinta verdadeiramente amado. É uma experiência única e irrepetível. Assim, de fato o professor torna-se um mestre para a vida inteira e alguém para ser lembrado com muito amor”.
A própria Ana recorda momentos em que sua atuação como professora foi marcante. Momentos em que se sentiu parte de algo maior em que fez diferença. “Para mim, é incrível quando, na escola em que atuo como diretora, meninas que um dia foram minhas alunas, hoje trabalham comigo compartilhando a mesma profissão”.
Mas, também há aqueles casos em que o futuro de alguns desses aprendizes não foi tão brilhante como poderia ter sido — e eles também não são esquecidos pela diretora. “Rezo por esses alunos, por esses jovens, o nome de cada um deles estão em minhas orações diárias”, finaliza.