Mês vocacional

A catequese é fundamental no mundo secularizado, afirma religiosa

"No mundo atual, há um desafio  muito grande porque nós não encontramos mais uma cultura religiosa. Nós encontramos uma sociedade secularizada e o papel da família fica muito fragmentado. A família não é mais quem inicia a criança na vida cristã, nem tão pouco a escola; e o mundo muito menos. Então, hoje, o catequista tem papel fundamental na iniciação da vida cristã ", afirmou a religiosa da Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas e Assessora Nacional da Comissão para Animação Bíblico Catequética da CNBB, Irmã Zélia Maria Batista.

O mês de agosto celebra as vocações e a quarta semana é dedicada às vocações dos leigos engajados na paróquias, entre eles os catequistas. E para encerrar a reflexão do mês vocacional, no próximo domingo, 30, a Regional Sul 1 da CNBB (São Paulo) vai promover uma romaria ao Santuário de Aparecida para celebrar o Dia do Catequista e o Ano Catequético Nacional. O tema da romaria será “Catequistas com Maria no caminho para o discipulado”.

"A catequese é fundamental porque a catequese leva a pessoa fazer a sua experiência de encontro com Jesus Cristo, a se tornar um cristão. Então, a catequese tem esse papel de educação da fé, de levar as pessoas a conhecer Jesus, a conhecer a palavra de Deus, a seguir Jesus Cristo com fidelidade, como discípulo, como missionário", disse a religiosa.

Irmã Zélia explicou que as catequistas passam por um processo de formação, antes de assumir essa missão. Existem escolas bíblico catequéticas, onde há uma formação sistemática, com cursos básicos de iniciação durante dois anos.

Qualquer pessoa que sentir o chamado para esta vocação precisa, primeiramente, "fazer a experiência de descobrir a sua vocação como cristã, como batizado, porque todos nós temos uma vocação comum que é o nosso batismo". Conscientes da vocação como batizados, a religiosa explica que “quando fazemos essa experiência desse mergulho na graça, recebemos a força do Espírito Santo para realizar a missão de Jesus Cristo aqui onde estamos. Este é o primeiro passo para aprofundar essa vocação".

Para Irmã Zélia, os catequistas estão a serviço do Reino de Deus. Ela pede que tenham força, coragem e que "sejam fiéis nessa vocação, porque o mundo precisa conhecer Jesus, porque nós precisamos espalhar esta semente do verbo da Palavra de Deus neste mundo que precisa de tanta humanização e de pessoas que vivam a justiça, que vivam no amor".

A experiência de ser catequista

"É uma missão muito linda porque eu estou evangelizando tanto as crianças, como também o responsável por elas que está afastado da igreja, porque nós estamos com muitos pais separados. Acaba sendo esses pais os evangelizados", assim é a experiência vivida pela coordenadora de Catequese e catequista da Paróquia Nossa Senhora da Cabeça, no Rio de Janeiro, Nádia Pereira.

A coordenadora afirma que sempre desejou “ser catequista, evangelizar, servir a Deus e evangelizar as crianças e adolescentes". Após 25 anos de trabalho na Catequese, ela descreve o significado desta missão em sua vida: "Viver essa vocação de catequista é um trabalho, uma missão muito boa, muito gratificante, que é lidar com crianças. É muito lindo lidar e evangelizar essas crianças, é uma missão muito bonita".

Como 2009 foi eleito o Ano Catequético, a catequista relata que, em sua paróquia, diversas atividades estão sendo feitas como, por exemplo, visitas às casas das crianças que estão sendo evangelizadas.

Por fim, a coordenadora de Catequese alerta que a vocação de catequista exige dedicação, responsabilidade, formação, busca constante da Palavra de Deus, vida de oração e participação na Eucaristia, através das Santas Missas.

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