Pastor luterano irá apresentar aos bispos documento sobre 500 anos da Reforma Protestante
Da redação, com CNBB
Nesta terça-feira, 12, os bispos reunidos na 54ª Assembleia Geral da CNBB terão uma pauta com vários temas a serem apresentados, entre os quais os 500 anos da Reforma Protestante e uma Celebração Ecumênica.
Uma novidade deste ano, é um espaço para que alguns bispos partilhem suas experiências pastorais. Uma oportunidade pedida pelos próprios prelados nas últimas assembleias. Durante todo o período da manhã, serão apresentados três relatos de 45 minutos, seguidos por comentários e interação de mais 45 minutos.
Já no período da tarde, os bispos tomarão conhecimento dos trabalhos de solidariedade desenvolvidos pela Cáritas Brasileira, um organismo da CNBB que completará 60 anos no dia 12 de novembro.
A Caritas faz parte de uma rede internacional e, no Brasil, está também organizada em rede com 183 entidades-membros. Atua em 450 municípios, sendo presença solidária junto às pessoas mais empobrecidas. Segundo informações da entidade, essa rede solidária tem mais de 15 mil agentes, a maioria voluntária, com ação por todo o país. Nos últimos 10 anos, a Cáritas Brasileira auxiliou “mais de 300 mil famílias, contribuindo para a transformação de suas vidas e devolvendo a elas a esperança de novas conquistas
Em seguida, os participantes da assembleia também serão atualizados sobre os trabalhos realizados pelas Edições CNBB, que também faz aniversário, completa 10 anos. Este departamento da CNBB se dedida à produção de subsídios para a evangelização no Brasil.
Reforma Protestante
Outro destaque de hoje será a explanação do pastor Nestor Friedrich, presidente da Igreja Episcopal de Confissão Luterana no Brasil (ISLB) aos bispos, em plenário, sobre o documento católico-luterano que lembra os 500 anos da Reforma Protestante que serão celebrados no ano que vem.
Segundo monsenhor Matthias Turk, do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos da Santa Sé, por ocasião do lançamento do documento em Genebra, Suíça, em junho de 2013, a intenção desse documento não é “contar uma história diferente”, mas sim “contar a história de forma diferente”.
Ele considera que “as razões que levam a divisões na Igreja muitas vezes se fundamentam sobre mal-entendidos e sobre interpretações diferentes dos mesmos conteúdos de fé e das mesmas convicções teológicas. No diálogo ecumênico internacional, soubemos redescobrir os fundamentos comuns, as bases comuns que temos sobre as questões de fé e soubemos afirmar que esses pontos não são mais um motivo de divisão entre as Igrejas. O nosso documento resume todos esses passos como uma coleta do que temos em comum e se projeta para o futuro, em busca do próximo passo no testemunho comum ao mundo de hoje”.
Celebração Ecumênica
Como é tradição nas assembleias, ao final da última sessão de trabalhos desta terça-feira, será realizada uma celebração ecumênica. A cerimônia foi organizada pela Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso.
O presidente da Comissão, Dom Francisco Biasin, considera este evento muito importante na programação da Assembleia Geral: “é uma atitude de abertura e acolhimento de toda a riqueza que as igrejas e as religiões podem dar ao nosso caminho de fé”.
Participam da celebração:
Dom Flávio Augusto Irala, da IEAB (Igreja Episcopal Anglicana no Brasil), presidente do CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs);
Pastora Sônia Mota, da IPU (Igreja Presbiteriana Unida), secretária executiva da CESE (Coordenadoria Ecumênica de Serviços);
Pastor Joel Zeferino, da ABB (Aliança de Batistas do Brasil);
Dom Ramanós Dowd, bispo auxiliar; e Hipodiácono Georgios Jener Verçosa, ambos da Igreja Ortodoxa de Antioquia.