Paróquia de Sant’Ana, no Rio de Janeiro, possui um dos maiores ostensórios do mundo para abrigar o Santíssimo Sacramento
Da redação, com Arquidiocese do RJ
O primeiro Santuário de Adoração Perpétua do Brasil, a Paróquia de Sant’Ana, no Centro do Rio de Janeiro, celebrou nesta segunda-feira, 15, seu jubileu de 200 anos.
Desde 1926, o Santuário abriga a Obra de Adoração Perpétua, fundada por Dom Sebastião Leme Silveira Cintra. As relíquias e símbolos que a paróquia guarda ajudam a contar a história da cidade do Rio de Janeiro, que começou a ser construída a partir do Centro.
A primeira igreja dedicada a Senhora Sant’Ana na cidade foi construída, em 1735, devido à devoção do povo, que inicialmente venerava a imagem da padroeira na Igreja de São Domingos de Gusmão, que em 1943 foi derrubada para a construção da Avenida Presidente Vargas.
A igreja primitiva, que ficava onde hoje é o prédio da estação da Central do Brasil, foi edificada num grande terreno conhecido como Campo de Santana.
Quando foi estabelecida a Paróquia de Sant’Ana, em 1814, por decreto de Dom João VI, foi construída a matriz que funcionou até 1870, quando foi reconstruída e permanece até hoje, apesar das reformas de 2003.
“A Paróquia de Sant’Ana está instalada onde era a cidade na época. Não existia outros bairros, como conhecemos hoje. Foi aqui no Centro que nasceram todas as festas e manifestações culturais do Rio. Por isso, Sant’Ana é a segunda padroeira do Rio de Janeiro, depois de São Sebastião”, esclareceu o pároco, padre José Laudares de Ávila, pároco desde julho de 2003.
Além de ter sido o primeiro Santuário de Adoração Perpétua do Brasil, foi também a primeira sede da comunidade dos Alcóolicos Anônimos (AA) e a primeira casa da Congregação do Santíssimo Sacramento dos padres sacramentinos no Brasil, que vieram por ocasião da fundação da Obra de Adoração Perpétua.
A matriz possui ainda uma das maiores custódias (ostensório) do mundo, com cerca de dois metros e meio de altura, para abrigar o Santíssimo Sacramento.