Israel bombardeou nesta segunda-feira, 19, dezenas de supostos redutos de militantes na Faixa de Gaza, e os palestinos continuaram disparando foguetes contra o sul israelense, enquanto se intensifica a pressão internacional por uma trégua no conflito que já deixou 90 mortos.
Doze civis palestinos e quatro combatentes foram mortos nos bombardeios, elevando a 90 o total dos mortos em Gaza desde o início dos ataques, na quarta-feira. Autoridades locais dizem que mais de metade das vítimas fatais era composta por não combatentes. Três civis israelenses também foram mortos.
Após uma madrugada de relativa calma, militantes da Faixa de Gaza dispararam 12 foguetes contra o sul de Israel num intervalo de dez minutos, sem causar vítimas, segundo a polícia israelense. Um dos projéteis caiu perto de uma escola, que estava fechada no momento.
As mortes de 11 civis palestinos –sendo nove de uma só família, abrangendo quatro gerações– em um bombardeio no domingo motivaram novos apelos internacionais pelo fim dos seis dias de hostilidades. O fato também pode colocar em xeque o apoio ocidental a uma ofensiva que Israel diz ser justificada pela autodefesa, após anos sofrendo ataques de foguetes.
Os militares israelenses não comentaram relato do jornal esquerdista Haaretz, segundo o qual a casa da família Dalu foi atingida por engano, numa ação que tinha como alvo um especialista em foguetes do grupo islâmico Hamas, que governa Gaza.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu, neste domingo, trégua imediata no conflito armado. Ele é esperado no Cairo para dar peso às tentativas de mediação feitas pelo governo do Egito. A imprensa israelense disse que uma delegação do país também está no Cairo, mas o governo do premiê Benjamin Netanyahu não quis comentar essa informação.
Falando em Bruxelas antes de uma reunião de ministros da União Europeia, o chanceler italiano, Giulio Terzi, disse haver condições para "um cessar-fogo nas próximas horas", e que o governo de Israel sinalizou "não haver interesse algum" em invadir Gaza.
"Obviamente, essa moderação israelense deve se basear numa garantia de que os lançamentos de foguetes devem parar", acrescentou.
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, que está na Espanha expressou nesta segunda-feira, 19, preocupação com a situação de violência na Faixa de Gaza. O assunto foi tratado durante reunião com o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy.
Dilma declarou que a situação de violência já causou muito sofrimento ao povo daquela região e é preciso que haja a convivência pacífica dos dois estados.
A presidente destacou que o fim da violência é fundamental para a paz no mundo.