O Papa Bento XVI visitou na manhã desta segunda-feira, 12, a Casa-Família "Viva os Idosos", da Comunidade de Santo Egídio, em Roma. Falando sobre a realidade dos idosos hoje, o Santo Padre destacou que a qualidade de uma sociedade é pautada também pela forma como os idosos são tratados. Ele enfatizou que “quem abre espaço para os idosos abre espaço à vida! Quem acolhe os anciãos acolhe a vida”.
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.: NA ÍNTEGRA: Discurso do Papa na Casa-Família "Viva os Idosos"
Durante a visita, Bento XVI se uniu aos idosos da Casa-Família, dizendo que ele foi ao local como Bispo de Roma e também como “ancião em visita aos seus pares”. O Papa reconheceu as dificuldades pelas quais passam os idosos, mas afirmou com convicção que é bonito ser idoso.
“Recebemos o dom de uma vida longa. Viver é belo também na nossa idade, apesar de alguma ‘doença’ ou de alguma limitação. Na nossa face há sempre a alegria de sentir-nos amados por Deus, nunca a tristeza”.
O Pontífice afirmou que, na Bíblia, a longevidade é considerada um dom de Deus e que hoje esta benção se espalhou e deve ser vista como um dom que deve ser apreciado e valorizado. Ele lembrou que a atual lógica da eficiência e do lucro acaba rejeitando os idosos, considerando-os inúteis, mas, na verdade, a velhice não tira a dignidade da pessoa.
“Quando a vida se torna frágil, nos anos da velhice, não perde o seu valor e a sua dignidade: cada um de nós, em qualquer etapa da existência, é querido, é amado por Deus, cada um é importante e necessário (cfr Homilia pelo início do Ministério Petrino, 24 de abril de 2005)”.
Bento XVI também enfatizou que não pode existir um verdadeiro crescimento humano sem esse contato com os idosos, que são portadores de uma grande riqueza: a sabedoria de vida. “sua própria existência (a dos idosos) é como um livro aberto no qual as jovens gerações podem encontrar preciosas orientações para o caminho da vida”.
O Papa encerrou seu discurso encorajando os idosos para que eles nunca desanimem, mesmo quando os dias parecem longos e vazios, sem muitas atividades. “Vocês são uma riqueza para a sociedade, também no sofrimento e na doença. E esta fase da vida é um dom também para aprofundar a relação com Deus”.
Ele pediu que os idosos rezem pela Igreja, por ele, pelas necessidades do mundo, pelos pobres, pelo fim da violência. "A oração dos idosos pode proteger o mundo, ajudando-o, talvez, de modo mais incisivo que a labuta de muitos".