Em resposta às publicações feitas pelos jornais alemão Die Welt e italiano Repubblica sobre o vazamento de documentos do Vaticano, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi publicou uma nota nesta segunda-feira, 23, salientando que tais artigos insinuam graves suspeitas contra algumas pessoas próximas ao Santo Padre.
O secretário de estado manifestou sua firme e total condenação a essas publicações, que “não têm base no raciocínio objetivo e seriamente prejudicam a reputação dessas pessoas que por muitos anos são fiéis no serviço ao Santo Padre”.
O comunicado acrescenta que o Vaticano não se pronunciou ainda sobre o caso porque as investigações não foram concluídas.
Padre Lombardi destaca que o fato de alguns colaboradores terem dado depoimentos durante as investigações não significa de modo algum que eles são suspeitos. O jornal alemão e o jornal italiano falam especificamente de três pessoas: Ingrid Stampa; Cardeal Paolo Sardi e Arcebispo Clemens.
Eles “podem ter sido escutados, mas isso não quer dizer que eles são suspeitos de serem co-responsáveis ou cúmplices”, enfatiza padre Lombardi.
Quanto à especulação sobre o afastamento desses colaboradores de suas funções, o diretor da sala de imprensa vaticana, esclarece que “o Cardeal Sardi concluiu seu dever na Secretaria de Estado quando completou 75 anos”.
Já a senhora Ingrid Stampa continua trabalhando na Secretaria de Estado e o Arcebispo Clemens é secretário do Pontifício Conselho para os Leigos há muitos anos e “não é verdade que ele recebeu uma carta do Papa como diz a reportagem do jornal Die Welt” e que o jornal Repubblica faz referência indiretamente.
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