Cardeal de São Paulo

Dom Odilo celebra 10 anos de ordenação episcopal

O cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, comemora na próxima quinta-feira, 2, dez anos de ordenação episcopal. Uma missa em ação de graças, será celebrada na Paróquia de Sant’Ana, às 20h.

Dom Odilo Pedro Scherer nasceu em 21 de setembro de 1949, em Cerro Largo (RS). Foi ordenado sacerdote em 7 dezembro de 1976 na cidade de Quatro Pontes, Diocese de Toledo (PR). Em 28 de novembro 2001, o papa João Paulo II o nomeou bispo auxiliar de São Paulo, sendo ordenado em 2 de fevereiro de 2002, pelo então arcebispo de São Paulo, cardeal dom Cláudio Hummes, na Catedral de Toledo.

Ainda como bispo auxiliar de São Paulo, dom Odilo foi secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entre os anos de 2003 e 2007.

Em sua ordenação episcopal em Toledo (PR), o então arcebispo primaz do Brasil, cardeal dom Geraldo Majella Agnelo, confessou uma particular alegria, revelando que acompanhava dom Odilo “desde o início de seu sacerdócio”. Um primo do então recém-ordenado bispo explicou que “a família foi a base para a formação religiosa de dom Odilo”.

Em 20 de março de 2007, paranaense gaúcho, dom Odilo foi nomeado 7º arcebispo de São Paulo, tomando posse em 29 de abril de 2007. Quando fora nomeado bispo auxiliar, ele já havia manifestado surpresa pelo envio a uma cidade tão cheia de desafios, e revelara que vinha “com muita esperança, embora com muita simplicidade e humildade”.

Logo após a posse como metropolita, dom Odilo iniciou seu ministério em São Paulo, sendo o anfitrião do papa Bento XVI, em visita ao Brasil por ocasião da Conferência de Aparecida.  

Em 24 de novembro de 2007, menos de um ano depois da nomeação arquiepiscopal, dom Odilo foi criado cardeal.

 
Defesa da vida marca ministério de dom Odilo, especialmente nos anos de CNBB

A vida pastoral de dom Odilo Scherer como bispo é marcada pela defesa da vida humana desde a sua concepção à morte natural. Sua eleição para ocupar o cargo de secretário-geral da CNBB (entre 2003 e 2007) o colocou na linha de frente do debate com a sociedade civil em questões como o aborto e o uso de células-tronco embrionárias.

Sereno, dom Odilo nunca foge de enfrentamentos polêmicos para deixar bastante claro que a Igreja é a favor da vida e que isso não a coloca na contramão do avanço científico ou tecnológico.

Fato que expressa a clareza de suas ideias neste campo é a defesa da posição da Igreja Católica em relação à utilização de embriões humanos para a obtenção de células-tronco. Em 2004 (e em outras ocasiões mais próximas), essa, posição foi publicamente critica, com acusações de que a Igreja seria contra a ciência.

Em entrevista a O SÃO PAULO, durante o curso de atualização do clero arquidiocesano daquele ano, cujo tema principal foi justamente bioética, dom Odilo explicou que os embriões “são seres humanos. Ainda que embrionários, no início de seu desenvolvimento. Isso é científico. Não é apenas convicção religiosa”.

Alguns dias depois, em artigo também publicado em O SÃO PAULO, o então secretário-geral da CNBB explicaria que “a Igreja não teme a ciência, nem poderia temê-la, pois a ciência traz à luz as verdades latentes da natureza, que é obra de Deus”. Para ele, “a verdade da ciência está relacionada com a mente de Deus criador e não está em oposição à verdade da fé. Por essa razão, a Igreja incentiva o trabalho dos cientistas e aprecia o fruto maduro de suas pesquisas”.

 

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