Em mensagem

Bento XVI ressalta importância da pesquisa arqueológica

O Papa Bento XVI enviou uma mensagem ao presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi, por ocasião da XVI Sessão Pública das Pontifícias Academias realizada nesta quarta-feira, 30, no Studium Biblicum Franciscanum, na Terra Santa.

O Santo Padre recordou que a Sessão Pública se tornou uma tradição consolidada, na qual se oferece tanto uma ocasião de encontro entre os membros das diversas academias reunidas no Conselho de Coordenação, como uma oportunidade de valorizar, por meio do Prêmio das Pontifícias Academias – instituído pelo Beato João Paulo II, em 23 de novembro de 1996 –  a quantos contribuem, através de seu empenho cultural, para promover um novo humanismo cristão.

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.: NA ÍNTEGRA: Mensagem do Papa à XVI Sessão Pública das Pontifícias Academias

Diante disso, o Papa agradeceu ao Cardeal Ravasi pela atenção que dirige a cada uma das Academias, assim como pelo impulso que quis transmitir a essas para que seja realmente, e com eficácia, instituições de qualificado nível acadêmico a serviço da Santa Sé e de toda Igreja.

Ao destacar o tema proposta para a Sessão: “Testemunhos e Testemunhas. Os mártires e os campeões da fé”, Bento XVI afirma que o encontro foi uma ocasião para refletir sobre um elemento que o interessa de modo particular: "a historicidade do cristianismo, sua ligação contínua com a história em sua tranformação em profundidade graças ao fermento do Evangelho e da santidade vivida e testemunhada".

O Santo Padre afirmou ainda que a pesquisa histórica e, sobretudo, a arqueológica, levam a explorar cada mais atentamente, e com instrumentos mais sofisticados do que nunca, as memórias e os testemunhos do passado, Bento XVI escreve que são de particular interesse nas antigas comunidades cristãs. No entanto, o Papa ressaltou que "a tecnologia sozinha não basta". Mas exige, acima de tudo, uma real competência dos investigadores, amadurecido através de estudos em profundidade e práticas fatigosas, junto a uma autêntica sua paixão pela investigação motivada, precisamente, pelo interesse pela experiência humana e, portanto, também religiosa, que está escondida e depois se revela através de provas materiais que são como "mensagens que nos chegam do passado" e que, ao questionar a nossa inteligência e nossa consciência, contribuem para aprofundar nossos conhecimentos e, em última instância, também a visão do presente e de nossa própria existência.

Entre os muitos sítios arqueológicos nos quais surgem sinais da presença cristã, o Santo Padre afirma que se destaca e desperta um particular interesse a Terra Santa, com seus vários locais onde se concentra a atividade de pesquisa arqueológica. O Papa recordou também que outro pólo estratégico de investigação é a cidade de Roma, em todo seu território, em que as memórias cristãs se sobrepõem e se entrelaçam com os da civilização romana e onde os mártires testemunham que a comunidade cristã, desde suas origens, queria "exaltar as figuras dos campeões da fé como modelos e referências para todos os batizados".

"Ontem e hoje, o sangue dos mártires e seu testemunho tangível e eloquente toca o coração humano e o torna fecundo, capaz de fazer brotar em si uma vida nova, para acolher a vida do Ressuscitado para trazer a ressurreição e a esperança ao mundo ao seu redor", enfatizou.

Por fim, o Santo Padre deixou uma especial Benção Apostólica e, acolhendo a proposta feita pelo Conselho de Coordenação, atribuiu o prêmio das Pontifícias Academias Eclesiásticas ao Studium Biblicum Franciscanum de Jerusalém e à Dr. Daria Mastrorilli. Enquanto ofereceu a medalha de seu Pontificado a Dra. Cecilia Proverbio.

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