O Papa Bento XVI enviou uma mensagem ao Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, por ocasião da festa de Santo André Apóstolo, celebrada nesta quarta-feira, 30.
"O futuro da evangelização depende do testemunho de unidade dado pela Igreja e da qualidade da caridade, como nos ensinou Jesus na oração que nos deixou: Que todos sejam um para que o mundo creia. Testemunhemos uma fé capaz de unir a humanidade que passa por sérias tensões" – destaca o Papa em sua mensagem.
Delegação vaticana
Como em todos os ano nesta data, o Vaticano enviou uma delegação ao Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, em Istambul, em resposta à visita do Patriarcado a Roma na festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, em 29 de junho.
Este ano, as celebrações possuem um caráter particularmente festivo, pois se celebra o 20° aniversário da eleição de Bartolomeu I como Arcebispo de Constantinopla e Patriarca Ecumênico.
O responsável da delegação vaticana é o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, que leu e entregou a mensagem de a Bartolomeu I. O documento foi lido após a liturgia presidida, nesta quarta-feira, por Bartolomeu I na igreja patriarcal de Fanar. A delegação vaticana participou da cerimonia, encontrou-se com o Patriarca e conversou com a comissão sinodal encarregada das relações com a Igreja Católica.
Católicos e ortodoxos
Na mensagem, o Santo Padre recorda o último encontro com o Patriarca Bartolomeu I, em Assis, na Itália, em outubro passado, na Jornada de Reflexão, Diálogo e Oração, destacando a relação profunda que une a sincera busca de Deus, da verdade, da paz e da justiça no mundo.
“As circunstâncias atuais sejam elas culturais, sociais, econômicas, políticas ou ecológicas, apresentam a católicos e ortodoxos o mesmo desafio. O anúncio do mistério da salvação através da morte e ressurreição de Jesus Cristo precisa hoje ser renovado com força nas regiões que receberam por primeiro a luz e agora sofrem os efeitos da secularização que ameaça empobrecer o homem em sua dimensão mais profunda”, ressalta Bento XVI.
O Pontífice conclui a mensagem frisando que “diante da urgência dessa tarefa, temos o dever de oferecer à humanidade a imagem de pessoas que adquiriram uma maturidade de fé, capazes de se encontrar, não obstante as tensões humanas”.