A celebração, marcada para esta quarta-feira, 30, ocorrerá na Diocese de Yibin, província do Sichuan, cujo novo bispo será Luo Xuegang. Em declarações aos jornalistas, o padre Federico Lombardi disse ter "visto circular esta notícia nos media".
"Se isso acontecer, trata-se de um candidato aprovado pela Santa Sé. Faço votos, naturalmente, de que se a ordenação tiver lugar, se respeitem as normas da Igreja Católica", acrescentou.
Em causa, segundo o sacerdote, está a necessidade de "informar os fiéis a respeito da aprovação do candidato" por parte do Papa e a exclusão da cerimônia de qualquer "bispo ilegítimo", ou seja, os que foram nomeados pelo regime de Pequim sem autorização do Vaticano.
"Nesse caso, o evento seria um encorajamento para a comunidade católica", concluiu Lombardi.
O Governo da China disse nesta terça-feira, 29, que quer melhorar suas relações com a Santa Sé, com quem não mantém relações diplomáticas desde 1951, em assuntos como a nomeação de bispos.
"A China é sincera no seu desejo de melhorar as relações com o Vaticano e gostaria que isso acontecesse de acordo com uma série de princípios", afirmou em conferência de imprensa o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Hong Lei.
Pequim apenas admite a prática religiosa no interior das estruturas registradas, sob a supervisão das associações patrióticas. Os membros de outras Igrejas e comunidades religiosas vivem sob o risco de serem condenados à prisão ou a campos de reeducação.
A Associação Patriótica Católica foi criada em 1957 para evitar interferências estrangeiras, em especial da Santa Sé, e para exigir que os católicos vivam em conformidade com as políticas do Estado, deixando assim na clandestinidade os fiéis que reconhecem a autoridade do Papa.