O Papa Bento XVI meditou sobre caridade e comunhão no discurso que antecede a oração mariana do Angelus, neste domingo, 4, no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, na Itália.
O Santo Padre começou a colocação trazendo algumas orientações sobre a melhor forma de viver a correção fraterna, demonstrando que a caridade é o maior critério para a vivência desse princípio evangélico.
"Este modo de agir se chama correção fraterna: essa não é uma reação à ofensa imediata, mas é movida pelo amor ao irmão. Comenta Santo Agostinho: Aquele que te ofendeu, ofendendo-te, provocou em si mesmo uma grave ferida, e você não cuidará da ferida do seu irmão? Você deve esquecer a ofensa que recebeu, não a ferida do teu irmão", enfatizou Bento XVI.
O Pontífice explicou todo o percurso que deve ser realizado por cada cristão no que diz respeito aos relacionamentos. O Papa explica que a comunidade é um local privilegiado para a vivência concreta do amor.
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"Tudo isto indica que existe uma corresponsabilidade no caminho da vida cristã: cada um, consciente dos próprios limites e defeitos, é chamado a acolher a correção fraterna e a ajudar os outros com este serviço particular. Um outro fruto da caridade na comunidade é a oração em comum", explicou.
O Papa reforçou a famosa passagem do "onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, Eu estarei no meio deles" (Mt 18, 19-20), reafirmando que na comunhão que se dá através dos gestos e da oração, a Igreja se configura ao Deus que é uno e trino.
"Devemos exercitar-nos, seja na correção fraterna, que requer muita humildade e simplicidade de coração, seja na oração, a fim que suba a Deus uma comunidade verdadeiramente unida em Cristo", concluiu o Pontífice.