As obras dos estádios brasileiros para a Copa do Mundo de 2014, marcadas por atrasos e críticas recentes da Fifa, terão o ritmo acelerado até 2012 e darão cara nova à preparação do Brasil, afirmou nesta quinta-feira, 5, o ministro do Esporte, Orlando Silva.
A maior parte dos 12 estádios do Mundial já sofreu aumento de custos e problemas de atrasos nas obras de reforma ou construção. O caso mais emblemático é em São Paulo, onde a arena a ser construída pelo Corinthians ainda nem saiu do papel a três anos da Copa do Mundo.
"A Fifa tem acompanhado sistematicamente a preparação do Brasil e sabe do esforço que o país faz para cumprir todas as exigências", disse Orlando Silva.
"Acredito que na virada de 2011 para 2012 a percepção sobre a preparação do Brasil vai mudar, porque o estágio da preparação dos estádios será muito diferente. Estou muito confiante nessa virada", acrescentou o ministro, quando questionado sobre o andamento das obras do país para o Mundial.
Além de São Paulo, o estádio de Natal também está bastante atrasado, enquanto o Maracanã – provável palco da final – teve o custo de sua reforma ampliado de 705 milhões de reais para mais de 1 bilhão de reais depois que foi descoberto um problema estrutural na cobertura, que precisará ser demolida.
Os constantes problemas nos estádios levaram o presidente da Fifa, Joseph Blatter, a fazer um alerta quanto aos preparativos do país em março, apesar de o dirigente suíço ter afirmado no fim de semana, em entrevista à Reuters no Paraguai, que tem confiança que o Brasil realizará uma grande Copa do Mundo.
O ministro voltou a afirmar que a decisão da presidente Dilma Rousseff de realizar concessões à iniciativa privada para reformar e ampliar aeroportos que serão utilizados na Copa do Mundo foi bem recebida pela federação internacional, que também já tinha feito críticas ao setor.
Segundo o ministro, ainda serão realizados investimentos de 700 milhões de reais em portos de cidades-sede do Mundial para receber passageiros e cruzeiros marítimos como uma alternativa aos terminais aéreos.
"São 700 milhões de investimentos focados em terminais de passageiros. Com esses investimentos, teremos terminais turísticos adequados para a Copa do Mundo", afirmou.