Horas antes do início das eleições parlamentares da Nigéria, uma explosão, aparentemente de bomba, deixou na sexta-feira, 8, pelo menos seis pessoas mortas em um órgão eleitoral e outras quatro em um ataque a tiros durante uma ação de campanha.
A violência foi mais um golpe para os planos de realização de uma eleição ordeira na nação mais populosa da África, que realizará a votação uma semana depois do planejado por causa do caos na organização.
Segundo o serviço secreto do país, seis pessoas morreram na explosão na localidade de Suleja, na parte oeste da capital, Abuja, mas fontes do setor da segurança indicaram que houve oito mortos e pelo menos uma dezena de feridos.
"Está confirmada a morte de seis pessoas. Não temos muitos detalhes", disse à Reuters a porta-voz do Serviço de Segurança do Estado (SSS), Marilyn Ogar.
Já o porta-voz da Agência de Gerenciamento de Emergências Nacionais (Nema), Yushua Shuaib, declarou que a explosão pode ter sido causada por uma bomba e que há várias vítimas.
Autoridades eleitorais disseram estar indo às pressas para o local. As ruas ao redor foram isoladas.
No Estado de Borno, no nordeste do país, homens mataram a tiros quatro pessoas, incluindo uma autoridade do governista Partido Democrático do Povo, quando se preparavam para distribuir material eleitoral, disse a polícia.
As eleições parlamentares serão no sábado, as presidenciais, uma semana depois e as de renovação dos governos dos 36 Estados, em 26 de abril.
A campanha eleitoral foi prejudicada por atentados isolados com bombas, violência atribuída a uma seita radical no remoto nordeste do país e conflitos sectários no centro. A população da Nigéria se divide de modo geral entre o norte muçulmano e o sul cristão.
Entidades de defesa dos direitos humanos estimam que desde novembro mais de 85 pessoas foram mortas em violência política relacionada às primárias dos partidos e campanhas eleitorais.
Leia mais
.: Igreja na Nigéria expressa preocupação com violência nas eleições