A Tokyo Electric Power, empresa que opera a usina nuclear danificada de Fukushima Daiichi, afirmou na quarta-feira (horário local) que conteve o vazamento de água altamente contaminada com níveis de radiação para o oceano.
No entanto, a operadora ainda precisa bombear água contaminada para o mar devido à falta de espaço para armazenamento na instalação nuclear.
"Os vazamentos diminuíram… após a injeção de uma mistura de vidro líquido e um agente solidificador e (o vazamento) parou", afirmou um porta-voz da empresa à Reuters.
Os engenheiros da operadora estavam com dificuldades para controlar o vazamento, e já usaram serragem, jornais e concreto, bem como vidro líquido para tentar conter o fluxo da água altamente contaminada.
O Japão enfrenta sua pior crise desde a Segunda Guerra Mundial, depois que um forte terremoto de magnitude 9,0 e um tsunami devastaram o nordeste do país em 11 de março, deixando milhares de mortos e desabrigados e prejudicando a terceira maior economia do mundo.
Amostras da água usada para resfriar o reator número 2 estavam cinco milhões de vezes acima do limite legal de radioatividade, disseram autoridades na terça-feira, contribuindo para o temor de que a contaminação poderia ter ultrapassado a área do desastre.
O governo japonês estava considerando impor restrições de radioatividade em frutos do mar pela primeira vez na crise depois que peixes contaminados foram encontrados.
A Índia também se tornou o primeiro país a proibir importações de alimentos de todas as regiões do Japão devido ao temor com a contaminação radioativa.