O primeiro-ministro da Palestina, Salam Fayyad, pediu hoje, 14, demissão do governo ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas. Na carta, Fayyad disse ter formalizado o pedido ao Conselho de ministros e que aguardava apenas a oficialização. A saída do primeiro-ministro ocorre em um momento de mudanças internas na gestão de Abbas.
No final do ano passado, Abbas disse que sua intenção era de reformar o governo. Porém, na ocasião, o presidente informou que pretendia manter Fayyad no cargo de primeiro-ministro, no qual estava desde 2007. Uma das expectativas era reduzir de 21 para 19 a quantidade de ministros.
Em setembro, Abbas promete que serão realizadas eleições na Palestina. A ANP tem o controle oficial da Cisjordânia que reúne aproximadamente 2,5 milhões de pessoas. Mas grupos armados de resistência, como o Hamas e o Fatat, também têm o controle de parte da região.
Na área de Gaza, onde vive cerca de 1,5 milhão de pessoas, o controle está com o Hamas. Os grupos Hamas e Fatat romperam relações e tem um convívio tenso. A busca por um acordo de paz na região envolve não só palestinos e israelenses, como também toda a comunidade internacional, inclusive o Brasil.
Em março do ano passado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve na região e defendeu o direito do Estado Palestino independente de acordo com as fronteiras de 1967. A demarcação de 1967 diz respeito às fronteiras de antes da Guerras dos Seis Dias – quando Israel passou a ocupar o Sinai, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e as Colinas de Golã.