Laurent Gbagbo tomou posse como presidente da Costa do Marfim neste sábado, 4, apesar de sua vitória nas eleições ter sido rejeitada por líderes mundiais mas aceita pelo Exército.
A comissão eleitoral disse que Alassane Ouattara havia vencido a votação de 28 de novembro com 54,1 por cento dos votos, mas uma entidade jurídica, citando supostas intimidações, descartou milhares de votos na sexta-feira e entregou a vitória a Gbagbo.
A posse de Gbagbo foi transmitida ao vivo pela televisão estatal e ocorreu depois que o Exército do país africano reiterou sua fidelidade a Gbagbo na noite de sexta-feira.
Ouattara recebeu apoio ao rejeitar a reeleição de Gbagbo, de rebeldes que controlam o norte do país desde a guerra civil de 2002-2003 e do primeiro-ministro Guillaume Soro, um ex-rebelde.
"Vou continuar trabalhando com todos os países do mundo, mas nunca abdicarei de nossa soberania", disse Gbagbo a multidões que torciam e buzinavam vuvuzelas após a posse.
Manifestantes realizaram protestos e queimaram pneus no sábado em diversas cidades, incluindo a principal, Abidjan, e na cidade de Bouake, ao norte.
"Queremos (Ouattara) como presidente. Não queremos mais Gbagbo. Estamos cansados dele", disse um morador de Bouake.
A União Africana afirmou que enviaria o ex-presidente sul-africano Thabo Mbeki para tentar buscar uma solução para a crise.
Líderes mundiais, incluindo o presidente dos EUA, Barack Obama, o chefe das Nações Unidas e o órgão regional do Oeste Africano disseram que Ouattara era o claro vencedor das eleições que buscava curar as feridas depois de uma década de divisão no país.
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