A comunidade cristã no Paquistão está indignada pela absolvição de Chaudhry Naeem, rico advogado muçulmano acusado de ter estuprado e matado Shazia Bashir, uma menina cristã de 12 anos, em janeiro deste ano.
Chaudry, acusado juntamente com seu filho Haris e sua esposa Ghzala, foi absolvido por falta de provas por um tribunal de primeira instância, em Lahore. A família era acusada de ter forçado a menina a trabalhar como empregada doméstica em sua casa, de tê-la sequestrado e violentado, mas, de acordo com a defesa, a absolvição é baseada no fato de que a acusação não pôde demonstrar, com provas médicas irrefutáveis, a violência e o assassinato.
O relatório médico que chegou ao Tribunal, de fato, afirma que Shazia “faleceu de morte natural, devido a uma doença de pele” e os depoimentos da mãe da menina e de seus irmãos não foram considerados suficientes pela Corte. “Para a família de Shazia, não será feita jusitça. Não é a primeira vez que, em tais casos, o resultado do processo deixa impunes influentes cidadãos muçulmanos, apesar das atrocidades cometidas contra os cristãos, pobres e desamparados”, disse à agência Fides o reponsável pelo Centro de Assistência Jurídica, Nasir Saeed, que oferece assistência os cristãos no Paquistão.
Os advogados e as organizações cristãs que se ocupam do caso já anunciaram recurso. “Esta sentença mostra que algumas pessoas estão acima da lei”, disse o secretário-executivo da Comissão Justiça e Paz dos Bispos do Paquistão, Peter Jacob. “O veredito – acrescentou -, mais uma vez, comprova a ineficiência e a falta de independência dos tribunais e é prova de como você pode coordenar os processos”.
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