Dos 39 casos de assassinatos de pessoas em situação de vulnerabilidade em Maceió, 24 envolveram moradores de rua e a maioria dos crimes foi motivada por questões relacionadas ao tráfico de drogas e por brigas, segundo relatório divulgado na terça-feira, 22, pela Polícia Civil de Alagoas.
A investigação apontou alguns casos com características de grupo de extermínio, como os crimes praticados por Luiz Carlos Soares da Silva Santos, conhecido como Orêia, que trabalhava como vigilante autônomo para uma rede de supermercados, e é acusado do assassinato de quatro moradores de rua.
O ex-policial civil Miguel Rocha Neto também está preso acusado de dois assassinatos e três policiais civis são investigados por participação na morte de um morador de rua.
Segundo o relatório, 83% das pessoas assassinadas eram dependentes químicos. A maioria das vítimas é do sexo masculino, com idade entre 18 e 29 anos.
Segundo a Polícia Civil, dos 24 crimes esclarecidos com autoria, 15 foram investigados pela polícia alagoana e oito pela Força Nacional. Ainda há 14 crimes sem autoria definida.
O relatório completo das investigações foi encaminhado ao governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho, nesta segunda-feira, 22. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Arquidiocese de Alagoas também atuaram nas investigações.
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