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O núncio apostólico no Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri, presidiu a celebração. Cerca de 3 mil pessoas reuniram-se para o último dia de comemorações.
"Vale a pena buscar a liberdade de Cristo, acabar com o vício do pecado e da morte, viver bem no meio do mundo, fazendo bem aos semelhantes" exclamou durante a homilia. Dom Baldisseri relembrou os dias da presença do Santo Padre no Brasil, precisamente às vésperas da V Conferência do Episcopado Latinoamericano (CELAM), em 2007.
"Todos comprovamos o afeto e simpatia do Sucessor de Pedro com esta iniciativa de solidariedade cristã, destinada à recuperação da dependência química. Vocês estão de parabéns pela continuidade e expansão pelo mundo afora desse carisma, que leva em suas origens o selo de São Francisco. A Igreja se alegra por mais esta iniciativa, que não é nada mais senão símbolo e realização daquela milenar caridade cristã que sempre desponta nos corações dos fiéis. É o Evangelho vivo da Igreja, símbolo da esperança daqueles que acreditam que a verdade liberta", complementou.
O núncio apostólico também salientou que Jesus vence o mundo e devolve a esperança perdida pelo pecado.
"Deveis ser agradecidos pela confiança que a Igreja depositou em vocês. O Papa confiou-vos uma missão de extrema importância. Essa obra, inspirada na espiritualidade franciscana e focalarina, ajuda a percorrer o caminho de adornar a alma com os mais preciosos dons divinos".
A colaboração das Irmãs Clarissas como inspiração permanente da presença de Deus em meio aos homens foi salientada, bem como a afirmação de que a verdadeira liberdade é a prática da caridade.
"A aprovação dos Estatutos é um passo a mais no desenrolar do seu itinerário jurídico. No entanto, o Espírito que vos moverá será sempre o mesmo, a fim de levar esperança e paz a tantas almas".
Por fim, Dom Baldisseri fez um pedido aos presentes:
"Convido vocês, jovens reabilitados ou em fase de reabilitação, bem como a todos que aqui se encontram em caridade cristã, invocando ao Todo Poderoso abundantes graças do Alto, para que busquemos na força desse Sacramento a graça da recuperação que tanto desejais. Façam desse propósito a força indestrutível, que sirva de exemplo a todos que se acham fora do caminho. Alertai aos que estão no erro o mal e prejuízo que causam às próprias vidas. Peçam também por todos os amigos e benfeitores, bem como pelos bispos. Lembrem-se dos familiares, que rezam para que vocês voltem aos vossos lares com a força e luz dos vitoriosos. Que a Virgem Maria vos confirme com sua intercessão no propósito de paz, reconciliação com a vida e com a sociedade, que tanto espera de cada um de vocês".
Saiba mais sobre o Reconhecimento Pontifício da "Família da Esperança"
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A Família da Esperança
A obra foi fundada em 1983 e, com o passar dos anos, a comunidade terapêutica entendeu que sua finalidade principal era viver segundo os ensinamentos do Evangelho. Sendo assim, surgiu a associação de fiéis nomeada "Família da Esperança", que, em 1998, recebeu a aprovação diocesana pelas mãos do Cardeal Aloísio Lorscheider, no Santuário de Aparecida. Com o contínuo aumento dos membros, veio a necessidade de um Reconhecimento Pontifício pela Santa Sé.
Nesses 27 anos de missão, a obra se expandiu por todo o país e no exterior. Atualmente, atende cerca de 3 mil jovens nas 72 fazendas espalhadas pelo mundo e está presente em outros 10 países: Alemanha, Rússia, Filipinas, Moçambique, México, Guatemala, Colômbia, Paraguai, Uruguai e Argentina. Em toda a história, mais de 10 mil pessoas já foram atendidas.
O período de internação dura 12 meses e o índice de recuperação é de até 70%. O estilo de vida baseia-se no tripé viver em família, trabalho como fonte de auto-estima e sustento e espiritualidade com moral e princípios que levam a uma mudança de mentalidade e comportamento.
A Família da Esperança não é uma congregação ou instituto secular, nem um movimento espiritual, como a Renovação Carismática e os Focolares, mas é uma nova comunidade. "É algo novo dentro da Igreja, onde os casados, os solteiros, os jovens, mas também irmãs religiosas e padres podem ligar-se numa mesma comunidade que quer atender, no nosso caso, aos jovens dependentes", explica padre César Alberto dos Santos, consagrado da Família. Já há mais de 500 membros pertencentes à Família.
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