O representante da Agência Espacial Norte-americana (Nasa, na sigla em inglês) enviado ao Chile, Michael Duncan, declarou nesta terça-feira, 31, que a principal tarefa dos especialistas será evitar que os mineiros presos desde o dia 5 de agosto "se desesperem".
Duncan, que é diretor-adjunto do Centro Médico do Centro Espacial Johnson em Houston, lidera o grupo de enviados da Nasa que chegou nesta terça- feira ao Chile para levar a experiência espacial "ao fundo da terra", como ele próprio definiu a missão.
O médico, especialista em doenças pulmonares e em terapias intensivas, explicou que no tratamento de astronautas "sempre os aconselhamos a não se concentrarem em datas específicas".
No caso dos trabalhadores, ele orientou as autoridades locais a fazer o mesmo. "Não podemos criar falsas expectativas. Não podemos especular", insistiu Duncan.
Outra recomendação do especialista, do ponto de vista da saúde, é para que os mineiros não fumem, por conta das condições em que se encontram.
A equipe enviada pela Nasa conta com dois médicos, um psicólogo e um engenheiro e sua função é ajudar o grupo de chilenos empenhado no resgate a manter a saúde física e psicológica dos trabalhadores da mina San José, presos no local após um deslizamento de terra bloquear o acesso.
No sábado, 28, o governo de Sebastián Piñera anunciou esperar que o resgate dos 33 trabalhadores ocorra até outubro, antecipando em dois meses a data máxima prevista anteriormente.
Ao menos dez opções diferentes de alternativas de resgate estão sendo estudadas pelos especialistas envolvidos no caso, conforme informou ontem o ministro de Mineração, Laurence Golborne. Ontem à noite a primeira máquina de escavação começou a operar.
A solicitação pelo auxílio da Nasa foi feita logo após os homens serem encontrados com vida no refúgio localizado a 700 metros de profundidade. Na ocasião, o Ministério da Saúde chileno explicou que o pedido devia-se ao fato de que as condições dos mineiros são similares às que vivem os astronautas em estações espaciais.
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