Continua gerando polêmica, o projeto de lei que prevê punição aos pais que se utilizarem de palmadas para educar os filhos. Segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 26, pelo Instituto Data Folha, 54% dos brasileiros são contra o projeto.
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Durante as férias a meninada gasta ainda mais energia. Pelas carinhas a gente identifica rápido os mais sapecas. Nesta família os pais reconhecem que as vezes acabam perdendo a paciência e recorrendo às palmadas. Mas agora, um projeto de lei quer proibir o castigo.
“Eles ainda não sabem o que é certo ou errado e nós, como pais, temos que ter o controle. E muitas vezes essa orientação, essa ajuda é com uma palmada", explica a secretária e mãe de família, Ana Rosa Lopes.
Afinal, a palmada educa ou não? Pelo menos aqui no Brasil parece que sim. Segundo pesquisa do Instituto Data Folha, 54% dos brasileiros são contra o
projeto de lei que prevê a proibição deste tipo de castigo. Eles garantem que já repreenderam ou foram repreendidos com uma palmada e que isto contribuiu sim para a sua educação.
Na rua o projeto também desperta discussões. O diálogo é sempre a melhor opção, mas será que toda criança obedece só na base da conversa?
A disciplina através das palmadas também tem apoio de alguns especialistas. Para a psicopedagoga Josy Braga Ribeiro, o projeto de lei interfere em decisões que cabem à família. “Pai e mãe tem potencialidade de estar com o filho. Já percebeu que a conversa já foi feita e sente que precisa de um meio a mais, o pai e a mãe têm autoridade de definir a melhor forma de educar o filho”, afirma.
Ela também disse que as crianças não têm ainda formados os conceitos de certo e errado. Por isso é importante uma conversa séria quando fazem alguma coisa errada. “O momento da palmada não vem primeiro. Primeiro a criança tem que ter o momento de refletir sobre o que pode e não pode fazer”, enfatizou.
E se a maioria dos brasileiros é contra a proibição da palmada, a sugestão de uma medida para substituir o tão polêmico projeto está na ponta da lingua. “Investir em educação. Só isso”, diz o professor e pai de família, Antônio Lopes.
Mas como falar do assunto, sem consultar eles, os que levam as palmadas. “Apanhar bate e acabou. Mas falar eles ficam falando falando…”, diz Ludmila. E Vinicius completa: “Eu sou a favor. Porque doi”.
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